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moita
Parque vai nascer em reserva ecológica
investimento Equipamento temático vai custar 75 milhões de euros Câmara cede terreno em Alhos Vedros em zona classificada como REN
arquivo jn |
A escritora Ana Maria Magalhães é uma das autoras do projecto |
ACâmara da Moita e a sociedade Badoca Actividades Turísticas deram ontem o primeiro passo para a criação de um parque temático no concelho, com a assinatura de um protocolo de cedência de um terreno no Pinhal do Forno (Alhos Vedros). O empreendimento está previsto para uma zona classificada como Reserva Ecológica Nacional (REN), mas o presidente da Câmara, João Lobo, desdramatiza.
Inspirado num modelo holandês, o projecto vai avançar em breve, ao longo de três fases, de modo a abrir portas em Abril de 2008. A ideia dos promotores, que vão investir 75 milhões de euros no equipamento de lazer, é elevar os valores culturais nacionais. Para o efeito foi realizado um estudo prévio, que contou com o apoio das escritoras Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, que sugeriram uma série de 24 temas alusivos à história de Portugal a explorar no recinto (ver texto em baixo).
De acordo com Joaquim Luiz Gomes, representante do «Badoca», o parque tem todas as condições para ser considerado um Projecto de Interesse Nacional (PIN). «Já entrámos em contacto com a Agência Portuguesa de Desenvolvimento, para que esta infra-estrutura seja classificada como PIN. Através deste mecanismo, esperamos que sejam facilitados os procedimentos administrativos inerentes a um projecto desta dimensão, de forma a acelerar o processo», sublinhou.
O parque está, no entanto, previsto para um terreno que se encontra classificado na proposta de revisão do PDM como REN, o que poderá criar alguns entraves. João Lobo, presidente da autarquia, esclareceu que, na sequência do requerimento apresentado pela promotora, em período de discussão pública da revisão do PDM, o município procurará alterar a classificação do terreno para solo urbano com usos lúdico-culturais e de lazer. «Acreditamos que o princípio estabelecido pela REN não irá colidir com a concretização do projecto. Assumimos o compromisso de resolver a questão em colaboração com a Administração Central», garantiu o edil.
João Lobo explicou que o investidor teve a preocupação de salvaguardar o desenvolvimento da componente educativa das visitas, a par da vertente lúdica. «Conseguimos assegurar um conjunto de contrapartidas junto da entidade promotora, entre as quais, a construção de um troço da Circular Regional Externa da Moita, as acessibilidades ao parque e cinco mil ingressos que iremos distribuir às escolas e pelos idosos do concelho», destacou.
Quando estiver a funcionar em pleno, o recinto estará preparado para receber 30 mil visitantes, que além das atracções, vão poder usufruir de uma zona de restauração e de uma área comercial com 20 pontos de venda. No local será também construído um hotel de quatro estrelas.
O espaço multi-usos estará apetrechado para apoiar não só espectáculos e exposições, como congressos, eventos corporativos e acções de formação. A área de infra-estruturas engloba ainda as bilheteiras, postos de informação ao visitante e de primeiros socorros, instalações sanitárias, zona de cacifos, uma área administrativa e armazéns.
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