quinta-feira, 31 de julho de 2008

Variações sobre a simulação na vida, na guerra e na política - 15. Documentos que revelam a determinação da CM Moita na defesa da Lei e do Concelho

Protocolo C.M. Moita & Imomoita SA s/ as Fontainhas: outro Mapa do Tesouro do Euromilhões do PDM da Moita, com ‘password’ no Penteado








Variações sobre a simulação na vida, na guerra e na política - 14. Um "homem" que foi um grande Papa, João VII


Representação medieval da Papisa Joana, como João VII


Variações sobre a simulação na vida, na guerra e na política - 13. Ao princípio,foi 1º Cônsul da República Francesa. Depois, auto coroou-se Imperador

Variações sobre a simulação na vida, na guerra e na política - 12. Chamava-se partido nacional socialista operário alemão.

Variações sobre a simulação na vida, na guerra e na política - 11. Um dirigente político com uma longa carreira contributiva e já Reformado desde 2005


Ver notícia e confirmar na prática concreta: Documento da CGA pág.9 de 36, devendo procurar-se o nome de JOÃO MANUEL JESUS LOBO, 48 anos de idade, PRESIDENTE da CÂMARA MUNICIPAL da MOITA, com uma Pensão Mensal da CGA a partir de NOV2005 no valor de 3172.36 €

Variações sobre a simulação na vida, na guerra e na política - 10. Uma santa Senhora, Margaretha Geertruida Zelle


Mata Hari “apaixonou-se” por inúmeros oficiais, tanto franceses quanto alemães, durante a Primeira Guerra Mundial. Era muito amiga deles.

Variações sobre a simulação na vida, na guerra e na política - 9. O beijo de Judas, pintura anónima do século XII

Variações sobre a simulação na vida, na guerra e na política - 8. Amigo de Salvador Allende, a quem agradeceu a 11 de Setembro ’73 tê-lo nomeado ...


... 18 dias antes Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas.

Variações sobre a simulação na vida, na guerra e na política - 7. Eleitos nas listas do PCP e da CDU, gente de confiança na Moita

Variações sobre a simulação na vida, na guerra e na política - 6. Cordeiro chefe mais amigo dos cordeiros, não há!

Variações sobre a simulação na vida, na guerra e na política - 5. Helicóptero do Exército Colombiano "amigo" das FARC liberta Ingrid Bettencourt

Variações sobre a simulação na vida, na guerra e na política - 4. "Democratas" à espera de um General em Villanueva del Fresno


Foto da esquerda, Casimiro Monteiro. À direita, António Rosa Casaco. Fotos de Agostinho Tienza e demais "democratas" à coca na estrada de Villanueva del Fresno, não foi possível arranjar.

Variações sobre a simulação na vida, na guerra e na política - 3. Um grande amigo do povo (c)ordeiro

Variações sobre a simulação na vida, na guerra e na política - 2. A raposa a guardar o galinheiro

Variações sobre a simulação na vida, na guerra e na política - 1. O Cavalo de Tróia era muito giro, até deu vontade de o trazer para dentro do castro

É o recurso sistemático por parte de João Lobo e Ciª Lda às Reuniões públicas sim, mas extraordinárias claro. Essas onde os Munícipes não podem falar

Câmara Municipal da Moita
Reunião pública extraordinária a 5 de Agosto sobre PDM

Reunião pública extraordinária a 5 de Agosto sobre PDM" in Jornal Rostos

A Câmara Municipal da Moita vai realizar uma reunião pública extraordinária no próximo dia 5 de Agosto, terça-feira, às 17 horas, no Salão Nobre dos Paços do Concelho sobre as alterações introduzidas pela Assembleia Municipal da Moita à proposta de revisão do PDM.

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31.7.2008 - 16:27

Sobre a "novíssima moda" de proibir os Munícipes de usar da palavra, inaugurada pelo Presidente da Câmara Municipal da Moita a 9 de Julho de 2007, veja-se:

  1. Pedimos desculpa ao Dr. Alberto João Jardim por o fazermos ombrear com o chefe da direcção política da Câmara da Moita, João Lobo (PCP)

  2. Recordando que o modo autoritário da direcção política da Câmara Municipal da Moita, presidida por João Lobo, já vem de longe: cena de 9 Julho '07

  3. Porque fugiu de cena o Presidente João Lobo e os seus homens e valetes da direcção política da Câmara, nos Brejos, a 23 Out '06?

  4. Recordando que o modo autoritário da direcção política da Câmara Municipal da Moita, presidida por João Lobo, já vem de longe: cena de 23 Out '06

  5. Consta que João Lobo terá dito: "Verifico que mais de 200 Senhoras e Senhores vieram à Sede da nossa Câmara, e isso enche-me de alegria." ... Seria?

  6. Recordando que o modo autoritário da direcção política da Câmara Municipal da Moita, presidida por João Lobo, já vem de longe: cena de 29 Agosto '05

  7. A Reunião de 9 de Julho ’07 da CMM violou a Lei e deve ser declarada nula e de nenhum efeito:

  8. Autarquia convida a população a participar no debate das questões e problemas do concelho que decorrerá no período reservado à intervenção do público

  9. Blogue Alhos Vedros ao Poder cita Blogue Arre Macho e ambos divulgam uma pérola da nojeira de 9 Julho '07 made by Presidente da Câmara João Lobo

Muitos Munícipes da Moita ficam incomodados e sentem vergonha pelo Concelho da Moita ter à frente o Presidente da Câmara João Lobo, uma lástima

Sábado, 18 de Agosto de 2007

CINCO ERROS DE PALMATÓRIA do Presidente da Câmara João Lobo na sua falta recorrente à verdade quando se dirige à Comunicação Social. Vd Focus 14 Ag'07







Muitos Munícipes da Moita ficam incomodados e sentem vergonha pelo Concelho da Moita ter à frente o Presidente da Câmara João Lobo, que falta recorrentemente à verdade quando se dirige à Comunicação Social.

É disso um exemplo flagrantíssimo o famoso caso das declarações recentes de João Lobo, chefe da direcção política da Câmara Municipal da Moita e verdadeiro “leader” do Partido Comunista local, à Revista Focus de 14 Ago '07: Negócios pouco ecológicos na Moita


Aí, esse Munícipe, actualmente investido da condição a prazo de Presidente da Câmara, incorre em 5 gravíssimos erros de palmatória:

Primeiro, revela incompetência e fraco estudo das matérias dadas:


Baralha-se completamente com os números. Domina mal a matéria. Não conhece os próprios dados da Câmara. É um desastre total em matéria de competência e domínio dos dossiers, cf. se pode ver em Presidente da Câmara João Lobo falta recorrentemente à verdade quando se dirige à Comunicação Social. O caso Focus 14 Ago '07 – 1


Segundo, baralha-se num discurso sem nexo, incoerente, sem nível nem preparação para o cargo:
Ainda sobre números, confunde valores absolutos finais da possível futura Classificação do Solo Concelhio, com números relativos de crescimento proposto, com um resultado desastroso em termos de lógica argumentativa. Fala de “…o perímetro urbano na Proposta de PDM em Revisão é de 1890 hectares (erro: são 1809,90 ha). Desses 172 hectares são habitação…” diz o Presidente da Cãmara. Burrada sua: deveria ter dito “1020,60 hectares e não 172”…falou de crescimento relativo (errando no valor, seria 299,40 e não 172 ha) e comparou com o final em valor absoluto (errando, confundindo 1890 com 1809 ha). É o mesmo que juntar toucinho com velocidade, denotando falta de rigor e de capacidade para falar de algo um pouco mais complexo do que a frase simples que já decorou e sempre repete, repete: “Visto que tivemos a maioria, governamos o Município como bem o quisermos”. Ver em Presidente da Câmara João Lobo falta recorrentemente à verdade quando se dirige à Comunicação Social. O caso Focus 14 Ago '07 – 1


Terceiro, esconde-se por detrás de um discurso de talvez tolice, ou de quiçá aldrabice:
Ainda sobre números, o crescimento de mais Solo Urbano para Fogos Habitacionais proposto nos Documentos do PDM da CM da Moita é de mais 299,40 hectares, fora a Quinta da Migalha (139,6 hectares no seu todo, com 43,5 ha no Município da Moita). Porque falta à verdade o Presidente João Lobo ao dizer à Focus “… 172 são Habitação”? A quem pretende enganar o Presidente da Câmara? À Revista? Só à Revista? Isso é gravíssimo. Mas como o público alvo são os Leitores da Revista, os Portugueses em geral, os Munícipes da Moita no particular, e quiçá os membros do Governo em especial, isso é vergonhoso e lastimável. É uma postura de falta de rigor muito grave, ou de falta de verdade insuportável e gravíssima. Ver Presidente da Câmara João Lobo falta recorrentemente à verdade quando se dirige à Comunicação Social. O caso Focus 14 Ago '07 – 1


Quarto, pratica um discurso de cobertura pastosa da escuridão e da dúvida mais nebulosa:
O presidente da Câmara disse à Focus …”rejeito com indignação que os Protocolos tenham sido realizados com interesse próprio ou com troca de favores”. Sobre o interesse próprio, nunca ninguém nem muito menos nós dissemos nada, à falta de provas documentais. Para as descobrir ou não, está aí o Ministério Público e a PJ. Entretanto, sobre troca de favores, falta porventura à verdade. Ou então falta ao esclarecimento. Há ou não há uma relação umbilical entre Fontainhas, Penteado e Gabinete do Presidente João Lobo? Se não há, esclareça-se os Munícipes e explique-se a coisa por bê-á-bá tudo miudinho. Se há, ponha-se as cartas na mesa e dessolidarize-se da manigância quem não tiver nada a ver com a marosca. Ou venha-se ao debate público, a que dirigentes partidários locais do PCP nunca tiveram autorização para vir, mas a que recorrentemente são desafiados com educação e frontalidade. Veja-se Presidente da Câmara João Lobo falta recorrentemente à verdade quando se dirige à Comunicação Social. O caso Focus 14 Ago '07 – 2


Quinto, arrisca atirar ao ar o discurso do logro, do embuste, da poeira para os olhos de todo o mundo e ninguém, na mira de o apanhar alguém:
Diz o Presidente João Lobo que a Migalha é REN mas não pediu a Câmara a sua desafectação. Acrescenta “…será alvo de plano de pormenor a seu devido tempo”. Esclareça-se: já decorre desde pelo menos 8 Nov ’02. Acrescenta João Lobo que mandou fazer levantamentos via satélite e concluiu que as Fontainhas não são REN. Mas eram à data do Protocolo de 10 Out ’00, e eram à data da Portaria 778/93 de 3 Setembro, cf. se pode ver pelo Mapa Anexo. E deixou de ser no dia da grande amputação da REN concelhia, a 16 Março ’04, sob proposta da Câmara da Moita e o beneplácito da Comissão Nacional de REN. Veja-se Presidente da Câmara João Lobo falta recorrentemente à verdade quando se dirige à Comunicação Social. O caso Focus 14 Ago '07 – 3

António Coelho, democrata, tinha um defeito grave aos olhos de alguns: Não era um "Yesman". Vai daí...

Risco grave de uma anedota nacional poder transformar-se em Assembleia Municipal

Partido da situação na Moita e Eleitos do PCP à testa da CM Moita falam, falam, falam, e não dizem nada que preste ... para além de repetir clichés




Isenção, objectividade e serviço público: Jornal da Moita relata passagens importantes da Ass. Municipal da Moita de 25 Julho '08



Mariana Aiveca, Deputada à Assembleia da República (Listas Bloco de Esquerda) visitou a Várzea, a Barra Cheia e os Brejos da Moita a 29 Julho 08


Solidariedade da JSD Moita: "Pelo interesse público e pela intervenção cidadã, contra o desinteresse e contra o "deixar fazer, deixar correr"


Com os Moradores da Várzea da Moita

in JSD Moita
24-Abr-2007
"Em torno de uma resistência cívica de mulheres e homens trabalhando no campo, ou habitando nos campos do Sul do Concelho da Moita, nasceu no verão de 2005 o movimento Moradores e Proprietários da Várzea da Moita.

No princípio era a defesa de posições e interesses legítimos bem concretos, contra a agressão decretada no segredo dos gabinetes e de uma obscura Revisão do Plano Director Municipal.

Cedo evoluiu para uma intervenção cívica pela Lei, contra a escuridão.

Onde se reúnem a mulher idosa e sem grande domínio das letras, mas que sabe claramente o que quer e o que não quer.

Onde o hortofruticultor e o produtor pecuário se juntam e defendem unidos os seus interesses de pessoas e de produtores de riqueza.

Onde se encontram no debate e na acção pessoas que optaram por habitar o campo, algumas filhas de famílias aqui desde há séculos, outras desde a presente geração.

Onde jovens que cultivam a terra e outros que estudam na universidade juntam a sua voz pelo que é importante para os seus e para o seu futuro.

Pelo interesse público e pela intervenção cidadã, contra o desinteresse e contra o "deixar fazer, deixar correr".

Para nos contactar, escreva para varzeamoita@gmail.com.Este endereço de e-mail está protegido contra spam bots, pelo que o JavaScript terá de estar activado para que possa visualizar o endereço de email "
Na defesa da nossa terra

É caso para dizer de viva voz: "Eles comem tudo, eles comem tudo e não deixam nada!"

Alerta Ant. Chora: "É pois necessário impugnar junto dos tribunais esta anedota nacional para que a mesma não se transforme numa Assembleia Municipal"

Na Moita dita do Ribatejo: Assembleia Municipal ou anedota nacional?
ver in BE Setúbal
António ChoraO que se passou naquela sessão [da Assembleia Municipal da Moita] foi gravíssimo para a democracia autárquica, tais foram os atropelos à legalidade cometidos...
É pois necessário impugnar junto dos tribunais esta anedota nacional para que a mesma não se transforme numa Assembleia Municipal, toda a ajuda é bem vinda para isto.
Ler mais...

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Solidariedade chega de perto, e também de longe. Cidadãs e Cidadadãos de Canelas citam a Moita: "Imbróglio c/ protocolos e terra comprada a pataco"


Saber mais sobre Canelas e o Blogue Notícias da Aldeia ...

Direcção Comercial – vendas e operações comerciais

in Blogue Notícias da Aldeia, Canelas

Isto chegou a um tal estado que não estejam à espera dos partidos políticos da oposição. Somos nós, povo, que temos que mudar Portugal” (Alberto João Jardim), goste-se ou não.

Nem da oposição, nem dos da situação. Os políticos há muito que não representam o povo. Representam interesses vários, proeminentemente, económicos e próprios. Talvez por isso, actualmente o governo se confunda com uma direcção comercial – de luxo, no caso presente e por adjectivação própria – gerindo o país, não no interesse das populações mas, em função de superiores interesses por vezes contraditórios quando não, inconfessáveis, sempre firmemente sustentados na força do capital.

Esta direcção – de luxo – que administra a empresa Portugal S.A., entre a propaganda à sua brilhante gestão (marketing e operações comerciais), inventou essa coisa extraordinária que são os projectos PIN, em fase de actualização para PIN plus. As equipas de vendedores autárquicos, não têm deixado os seus créditos por mãos alheias e vão batendo sucessivamente, o recorde de vendas do genial produto. Propriedades nas quais os legítimos detentores não podem fazer sequer uma mija – que poderia perturbar a erva moleirinha ou causar stress na formiga de asa branca – e por isso valem nada, são vendidos por tostões, acto imediato transformados em minas de ouro, logo que chanceladas com a famosa sigla PIN.

Os exemplos são às centenas. Não há autarquia que não sonhe com o jackpot do euromilhões, configurado em mais um resort de luxo, cinquenta torres de escritórios e habitações, três marinas e vinte greens. Não há por isso área protegida, reserva ecológica ou agrícola que não esteja em vias de upgrade para projecto de interesse nacional, ainda que ninguém tenha perguntado aos portugueses se têm interesse nos ditos projectos.

Em Faro, dinheiros Russos, compraram recentemente 529 hectares em zona protegida, obstáculo que os novos proprietários esperam ultrapassar. Em sua defesa já veio o autarca local – chefe de vendas, na nova designação governamental – admitindo que “possa vir a surgir naquela zona um projecto PIN, que permita ultrapassar as actuais restrições à construção."

Mais a norte, a câmara da Moita, quer reclassificar 400 hectares de RAN e REN em solo urbano, desrespeitando leis e proprietários, num imbróglio que mete protocolos garantindo a reclassificação de terrenos comprados a pataco, e que só ainda se não concretizou porque um pequeno grupo de cidadãos se tem oposto ao que se configura como mais uma negociata selvagem entre autarcas, e privados.

Este fenómeno dos produtos PIN tem o mérito de nos fazer a todos, cidadãos da Moita. Mais cedo ou mais tarde, vai chegar ao nosso quintal, ultrapassado que está o estatuto de cidadãos, modernamente reclassificado em agentes do mercado, operado pela direcção de luxo. Eu que junto a minha voz aos resistentes da Moita, tenho poucas esperanças em vitórias idealistas de gente que ainda pensa o rectângulo nacional enquanto país. Na óptica comercial, esta pôrra são apenas uns milhares de hectares de terreno para lotear, e encher a betão, lindas moradias com vista para a serra, e outras para o mar.

E se você que me lê, ainda pensa em termos arcaicos de nação e país, faria bem em se juntar aos resistentes da Moita [aqui, por exemplo] e ajudar no combate aos negócios de compra e venda do património colectivo.

Numa coisa o Alberto tem razão. Não espere que os partidos e a gente que neles milita, mude o rumo dos negócios. Vá pondo a mão na carteira e prepare-se para a defender porque a gula é infinita e o mundo, apenas um mercado.

A propósito do Comunicado do PCP na Moita de 30 Julho '08: O bê-á-bá da nossa luta contra o Partido Comunista na Moita e em qualquer lugar

A nossa resistência não é pois nem contra o PCP nem contra a CDU, mas sim contra esta política reles realizada e defendida à pala do PCP e da CDU


Foto de 2 árvores.

Olhando bem, ao fundo, há quem consiga descortinar uma floresta.


O bê-á-bá da nossa luta contra o Partido Comunista na Moita e em qualquer lugar

Bem, essa é verdadeiramente uma história de inventar.

Logo, bê-á-bá de uma luta dessas, entre nós, não há nem pode haver, porque “a nossa luta contra o Partido Comunista na Moita”, ou em qualquer lugar, pura e simplesmente não existe.

Não.

Isso mesmo.

Exacto.

Não existe. É pura invenção.

E é uma invenção de quem?

Precisamente nasceu e vive essa irrealidade de modo virtual na cabecinha esperta e auto-vitimizada dos defensores e dirigentes locais do Partido Comunista na Moita, e de mais ninguém.

Confuso?

Parece, mas não é.

Então como é, afinal?

É simples, é assim como abaixo se descreve, tal qual:

Resistência contra más práticas de governação

A resistência de cidadãos na Moita, de que o Movimento Cívico Várzea da Moita é parte, é virada contra as más práticas de governação, em especial aqui na nossa terra, mas também em qualquer lugar, más práticas essas levadas a cabo por quem quer que seja.

É naturalmente assim e não mais, pela escassez dos nossos recursos e pela inexistência de ambições, bem como pela lógica do podermos sempre pensar global, mas não sermos capazes de actuar muito para além do nosso local.

Dissemos: “más práticas essas levadas a cabo por quem quer que seja”.

Seja quem for.

Sejam os Responsáveis pessoas do Partido A, ou B, ou C, ou de Partido nenhum.

Muitos de nós pensamos aliás que a má política local é própria de um novo Partido, o PDM, ou Partido Da Máfia, força que não se identifica nem confunde com nenhum dos Partidos existentes. Seria abusivo tentar alguém colá-lo ao Partido A, ou ao Partido B, pois na verdade a quadrilha do PDM movimenta-se e acelera em corredor próprio.

Estas coisas são transversais a toda a sociedade. Não há um campo puro só de bom trabalho, de honestidade exemplar e de competência sem limites.

E outro campo só do seu contrário.

Imaginá-lo é tolice ou aldrabice.

Sãos os actos o que mais conta.

E perante más práticas, só resta aos Cidadãos resistir e lutar, quaisquer que sejam os maus governantes.

Se a má governação fosse conduzida aqui e agora pelo Partido Socialista, a nossa resistência seria conduzida contra essa má governação.

Idem se fosse da responsabilidade do Partido Social-democrata ou do Bloco de Esquerda, ou de qualquer outro Partido ou Coligação. A nossa resistência seria sempre conduzida contra essa tal má governação.

E quando o é, a nível nacional, quer toque os temas desta nossa resistência ou qualquer outro campo das nossas vidas e dos nossos direitos e interesses, cada um de nós, se o entender, lá estará a resistir, é bom de ver.

É por demais evidente que a mesma lógica que nos faz resistir a más práticas de governo, e não direccionadamente a pessoas ou a forças políticas, e que nos aconselha com aviso certeiro a não correr em pista alheia, mas sim na nossa própria pista, é ao mesmo tempo a mesma razão que não nos pára o braço nem tolhe a voz só porque o mau governo é feito à pala de um nome credível ou de um passado para alguns sonante.

Era o que mais faltava, aceitarmos nós a limitação à liberdade só porque imposta por quem antes por ela tivesse lutado.

Havia de ser o bom e o bonito, se fosse boa a ditadura e a corrupção desde que praticadas pelos “bons”, e já fossem más práticas essas se conduzidas pelos “maus”.

Um monte de esterco é um monte de esterco, tenha ou não tenha uma caixa de bolos no cocuruto.

E ao serviço de quem, a mando de qual Partido se tece a nossa resistência pela Lei e contra a escuridão no dia-a-dia das más práticas de governo local da Moita?

Ao serviço e sob o mando de Partido nenhum.

Pedimos solidariedade em todas as direcções do espectro partidário e dos intervenientes da vida em democracia em Portugal, já o pedimos e recebemos de Espanha também, mas com a solidariedade recebemos apoio, não directrizes e muito menos imposições.

Verdade que nunca nesta luta até hoje ninguém no-lo pediu nem pretendeu impor.

Se algum dia isso acontecesse, a resposta seria múltipla mas de um só sentido.

Não, nem, nunca, jamais.

É isto difícil de captar?

De respeitar?

De imaginar como algo perfeitamente normal e possível no quadro de relações elevadas de cidadania e participação democrática das pessoas na vida da sua terra, de pessoas que têm o direito de ser respeitadas como gente com cabeça própria, e não necessariamente como joguetes e paus-mandados, de cidadãos que exigem ser olhados e têm o direito de ser respeitados como gente capaz de pensar global autonomamente, e agir de modo livre localmente?

Queremos crer que não é difícil, mas aceitamos que quem não esteja habituado a assim proceder, tenha maior dificuldade em assim o entender.

O caso concreto Moita

E sobre quem assenta a direcção política do governo local na Moita?

Quem são os Partidos que juntos, em coligação, aqui detêm a maioria?

De que cor reluzem ao peito dos dirigentes do Poder Local na Moita os respectivos emblemas partidários?

Bem, são eles de facto o Partido Comunista Português e o Partido Ecologista “os Verdes”, no quadro da CDU.

E contra quem resistimos nós, contra quem nos manifestamos por todos os meios disponíveis em democracia, quem são os cabeças do mau governo, das piores práticas de desrespeito da Lei, das mais obscuras negociatas e acordos entre nós negociados entre a Administração Local e meia dúzia de grandes especuladores fundiários, daqueles que querem à viva força o nosso ouro, o nosso petróleo, os nossos diamantes, que na Moita dão pelo nome de Solo Rural em REN e em RAN passível de virar Solo Urbano sem REN e sem RAN?

Bem, mais uma vez o dizemos, fazemo-la contra a má política dos dirigentes desses 2 Partidos que localmente encabeçam essa desastrosa má governação.

Poder-se-á assim concluir que, por isso, lutamos contra esses Partidos na Moita e que o fazemos, por extrapolação, por igual a nível nacional?

Não.

Errado.

Esse filme não foi realizado. Não existe.

Quem o julgar por ignorância e pobre inocência, ainda não nos percebeu de facto.

Parece cansativo, mas repeti-lo-emos até à exaustão.

Para esses, a nossa palavra de informação e de resposta a todas as dúvidas e perguntas não desfalecerá, faremos tudo para podermos ser melhor e mais transparentemente por estas pessoas entendidos.

Quem contudo o julgar com malícia ou inimizade trauliteira, e sabemos que assim somos recorrentemente julgados pelos próprios Dirigentes locais desses Partidos, é gente que ainda raciocina e age em democracia mais à moda da era das cavernas e da pré-história anterior à vida que vivemos em sociedade, hoje, em Portugal.

Essas pessoas enchem a boca com as palavras liberdade e democracia e com conceitos de luta ao lado da classe operária e dos trabalhadores, dos pequenos agricultores, dos deserdados, daqueles que sozinhos não conseguem fazer ouvir a sua voz, dos mais desfavorecidos, mas agem, escrevem e falam hoje aqui como alguém que faz gato sapato de toda essa tradição de luta (de que o PCP é um expoente representante), e como alguém que aplica nas suas negociatas indecentes e na sua baixa guerrilha partidária exactamente o invés do legado de que se reivindica.

E fazem-no estes falsos democratas assim porque perceberam mal a lição dos mais velhos e aplicaram como tolos o princípio do tudo, ou nada.

Assim:

Essas pessoas, se ouvirem por exemplo falar em Salazar, dirão mecânica e automaticamente que são contra.

Mas em muitos aspectos pensam, agem e julgam os outros como o fez décadas a fio o Chefe do Governo Fascista em Portugal.

Dizia Salazar “tudo pela Nação, nada contra a Nação”.

Identificava “Nação” com o seu aparelho de estado, e daí concluía que a divergência perante o Estado Novo era simplesmente antinacional.

Estes pobres dirigentes na Moita do Partido Comunista caem no mimetismo mais imprevisível e fazem igual, mudando apenas o conceito “Nação” pelo de “Partido”, e dizendo alegre e estouvadamente “tudo pelo Partido, nada contra o Partido”.

Identificam “Partido” com as suas políticas em cada momento, políticas supostamente ditadas pelo colectivo mas na verdade derivadas da verdadeira liderança do governo local (com o colectivo de vanguarda levado alegremente a reboque), e vai daí, ai de quem deles ousar questionar, deles ousar divergir, deles ousar contestar.

É de imediato apelidado de traidor e renegado para cima, e acusado de cínico e de intelectualmente desonesto para baixo, corrido como um saco de vícios, etc e tal.

Assim, talvez sem o perceberem, revelam esses dirigentes locais do PCP verdadeiros tiques de autoritarismo e de horror à liberdade e à cidadania quando por si não controladas, tiques esses que em tudo os assemelham a quaisquer aspirantes a ditadores, independentemente dos emblemas e das colorações das respectivas bandeirolas em cada momento histórico.

E como são essas políticas neste momento aqui entre nós?

Bem, caiu-nos em sorte na Moita a tristeza mais malfadada de um capitalismo selvagem, reles e periférico, alegremento promovido à sombra da bandeira do PCP e da maioria CDU na Câmara Municipal

A nossa resistência não é contudo pois nem contra o PCP nem contra a CDU, mas sim contra esta política reles realizada e defendida à pala do PCP e da CDU.

Agosto ’07, uma nova etapa:

Saiba-se entretanto que entrou num novo estádio a luta de cidadania na Moita em defesa da Lei e contra a escuridão, pelo Solo Rural ambientalmente protegido e contra o logro de se procurar sem lei nem razão desclassificar Solo Rural em REN e em RAN, para o tornar novo Solo Urbano sem REN e sem RAN precisamente lá onde as Propriedades foram adquiridas de véspera pelos parceiros económicos da Câmara Municipal e dos seus maiores.

Com a transferência da REN tornada excedentária nos amigos lançada para cima das terras e das casas e actividades dos habitantes do Sul do Concelho, por tentativa de imposição burlesca e ditatorial.

Agora é decididamente uma luta pela liberdade, contra o autoritarismo e contra a baixa política, forma de reagir do poder local na Moita mais própria de ambientes partidários de bordel que propriamente de uma cena e de um confronto de cidadania em Portugal, 33 anos depois de Abril '74.

Julho ’08, a etapa actual, sem grandes variações das anteriores:

Para se perceber como as coisas estão no momento actual, é importante conhecer o conteúdo da “Carta ao Primeiro-ministro” de 9 de Julho de 2008, o “Apelo aos Membros da Assembleia Municipal da Moita”, bem como os relatos sobre a “Batalha da Moita de 17 de Julho de 2008”.

É importante conhecer igualmente os nossos esforços para avisar o Grupo Parlamentar do PCP à data de 24 e Novembro de 2006, bem como a 15 de Julho de 2008. Por diversas vezes procurámos avisar a Organização do PCP directamente, como aconteceu na Reunião havida em Alhos Vedros a 5 de Julho de 2007, bem como nas Cartas que enviámos a Jerónimo de Sousa, Secretário Geral do PCP, entregue em mão em Matosinhos em Outubro de 2005, novamente a 2 de Abril de 2007 e à data de 9 de Junho de 2007.

Como também é bom saber que em 3 anos enviámos para cima de 1 milhar de apelos escritos ao Grupo Parlamentar do PCP, e em primeiro lugar aos Deputados do PCP à Assembleia da República eleitos no Distrito de Setúbal. Resposta destes? Zero. Vermos-lhes a cara ao vivo, nunca. Um eco, um ai, um ui, um olá da sua parte, nikles.

Com os Dirigentes locais do PCP, a nível individual, também tentámos, mas o vazio das respostas desaconselhou-nos a continuação por essa via.

Com tudo o que acima se diz, perguntar-se-á:

Contra quem afinal é que se desenvolve a nossa resistência cidadã?

Será contra o PCP?

Ou será antes contra as más práticas de governo local na Moita?

Será contra esse Partido ou é afinal sim contra a prática e a defesa vulgar dessa política, contra o furor e a baixeza de impropérios partidários que seguramente fariam corar de pudor os clientes e os profissionais dos bordéis mais chungas do submundo e da marginalidade?

A nossa posição fica aqui mais uma vez bem nítida.

Movemo-nos de facto contra más políticas, e nada temos contra as pessoas.

Tampouco abominamos ou endeusamos camisolas partidárias. Menos ainda ficamos com a vista ou a mente tolhidas por elas.

Governem bem, respeitem a lei e a palavra dada, sirvam a maioria e não uma meia dúzia de grandes amigalhaços, exerçam como prometido o seu mandato, aceitem dizer não à sede de vã glória de mandar e vão logo depois andando, que em democracia o carrossel do poder é transitório, deve ser sempre a girar e não deve nem pode bloquear.

Assim terão os representantes eleitos em cada momento o apoio das Mulheres e Homens livres da nossa terra.

Ao invés, continuem a desgraça actual, e não nos calaremos.

A cada um de ler e entender, e de concluir.

Ensinar ninguém foi o propósito deste pequeno texto.

Cada um que ajuíze e se decida.

res publica

A nossa resistência não é pois nem contra o PCP nem contra a CDU, mas sim contra esta política reles realizada e defendida à pala do PCP e da CDU


"Estivemos e estamos no lado da barricada onde estão os trabalhadores e o povo", diz o Partido Comunista na Moita. Será assim? Ou 100% ao contrário?

O Partido Comunista na Moita está todo roto


Há cerca e um ano, surgiu no Blog Alhos Vedros ao Poder (de quem, com a devida vénia, retomamos esta republicação hoje aqui) um artigo de opinião sobre uma das causas do atoleiro em que esbraceja o poder político instalado à testa da Câmara Municipal da Moita.

É com desagrado e tristeza que constatamos a actualidade daquele Artigo, nestes dias conturbados de Julho de 2008, na Moita. Por isso o republicamos, para que o releia quem dele se esqueceu, e para que o conheça quem antes nunca o leu.

Quarta-feira, Agosto 29, 2007

O Partido Comunista na Moita está todo roto

Ninguém reconhece o PCP na Moita.
É um farrapo, sem igual nem a nível histórico nem nacional

Um Partido todo roto a nível local
O Partido Comunista na Moita está todo roto.
Não acerta uma.
Só ofende, renega e atraiçoa o nome e o prestígio do Partido Comunista Português a nível nacional, que gerações e gerações de portugueses interiorizaram de modo respeitoso ao longo dos últimos 87 anos.

Havia uma certa ideia do Partido Comunista
Quer gostassem muito, pouco ou nada do PCP, a ideia que perpassou ao longo de muitos anos junto de uma grande parte da população portuguesa foi a de um PCP com norte, com ética, com rumo e com uma política previsível, com uma orientação de classe e com um sentido claro.
Pela liberdade.
Pela lei, em democracia.
Pela ética.
Contra a corrupção e a escuridão no funcionamento dos diversos órgãos do aparelho de estado e da administração pública.
Pelos mais fracos.
Pelos deserdados.
Pelos trabalhadores e pelos pequenos agricultores e outros portugueses das classes mais desfavorecidas e das classes médias.
Em defesa daqueles que sozinhos não conseguem fazer ouvir a sua voz, mas que juntos e organizados podem aspirar e lutar por uma vida melhor.
Em defesa dos interesses das nossas terras e do nosso País.

Na Moita, o PCP local é o reverso exacto do PCP ao nível nacional
Na Moita, é tudo ao contrário.
O PCP na Moita é o reverso disso tudo.
Aqui, o PCP é altamente previsível, mas ao inverso de tudo o que sempre a nível nacional e historicamente demonstrou.
Na Moita, o PCP é uma desgraça.
Irreconhecível.

A culpa tem um dono, tem um nome: o PCP
E o PCP só se pode queixar de si próprio e da miserável representação partidária própria (dentro do PCP), e dos eleitos em nome do PCP (nomeadamente no governo local, na Câmara Municipal) que aqui malbaratam todos os dias o seu nome.
Não se pode queixar nem da oposição, nem dos Cidadãos, nem de quem o contesta na Moita.
Na verdade, esta terra e estas gentes têm sido muito generosas para com o PCP, centrando praticamente toda a gente e todas as forças políticas as suas críticas ao PCP local num só ponto:

  • O PCP deve actuar como tal, como Partido Comunista, e deixar de renegar as suas políticas. Se o fizer, tudo fica mais claro.

Na verdade, quase todos são unânimes nessa exigência, e nestoutra acusação frontal ao PCP:

  • O PCP na Moita age como um Partido desnorteado, faz tudo ao contrário, alia-se do lado errado, combate contra o lado errado, defende o lado errado, comporta-se do modo errado, invoca princípios que nunca foram seus, enfim, é aqui na Moita o PCP um Partido à deriva, sem rumo, sem princípios e por isso de todo e de todos irreconhecível.

Só o PCP, alcandorado e acossado no último reduto do mau governo local, parece nada entender de toda esta situação
E nesta reclamação (“PCP, seja democrata, seja comunista, seja igual a si próprio”), e nesta denúncia (“PCP, cesse de actuar como nunca o fez em Portugal, assim não é estimado por quem de si gostava, nem é respeitado por quem a si se opunha”), todos são unânimes, uns porventura mais sinceros que outros, mas todos falam quase a uma só voz.
Desde o PSD ao PS, passando pelo BE, como igualmente pelos Partidos sem representação no Executivo Municipal como o MPT, o CDS-PP e o PCTP-MRPP, e não só, sem aqui se esquecerem os Cidadãos e os movimentos cívicos e os Blogues activos na defesa cívica desta terra e destas gentes, todos são unânimes na denúncia deste Partido aqui localmente tão desfigurado.
Irreconhecível.
Só o PCP não entende.

Miséria das misérias, do lado do PCP é só desgraça.

Os 18 erros maiores do PCP na Moita (lista não exaustiva)

Muitos mais vícios haverá, esta reflexão não pretende ser um tratado de ciência, mas eis mesmo assim alguns dos maiores erros do PCP na Moita:

  1. Aliou-se do lado errado. É clássico o PCP ser aliado dos trabalhadores e das populações, dos democratas e dos que defendem os interesses das suas localidades. Na Moita, é ao contrário. O PCP aliou-se nomeadamente na última década às grandes fortunas, aos maiores especuladores fundiários, aos grandes apostadores na roleta da transformação dos Solos rurais em REN e RAN para novos Solos Urbanizáveis sem REN e sem RAN, desde que comprados de véspera por 4 ou 5 grandes Empresas. A tostão, para rentabilizarem da noite para o dia a milhão. Com o beneplácito do PCP na Moita, e o carimbo e assinatura da Câmara Municipal “in situ”.
  2. Rodeou-se dos quadros técnicos errados. Advogados externos de causas sinistras foram chamados ao coração do poder na Câmara para advogarem matérias escaldantíssimas por dentro (em nome do Município) e por fora (como patronos dos grandes Clientes com a barriga encostada ao balcão da Câmara). Arquitectos externos a jogarem a 2 carrinhos, na Revisão do PDM e no trabalhinho depois a preceito junto dos ditos grandes Clientes com a barriga encostada ao balcão da Câmara. E mais e mais e mais haverá para contar, conforme a seu tempo se há-de averiguar.
  3. Entendeu as leis da forma errada. Julgou que era possível violentar sucessivas Leis da República, fugir ao seu cumprimento, entortá-las a belo prazer, e interpretá-las “stricto sensu” sempre contra a visão mais democrática, contra o sentido da participação e do controlo popular e legalmente previsto da vida e do funcionamento das instituições em democracia. E julgou ainda mais erradamente porque em certos momentos se inebriou com o apoio fácil e ilusório de altos funcionários do aparelho de estado central e regional.
  4. Projectou um desenvolvimento do modo errado. Apostou no crescimento desenfreado das áreas urbanizadas com mais e mais betão para mais e mais Fogos para Famílias inexistentes e para mais e mais Parques de Empresas para um tecido empresarial imaginário. Com hipoteca de tudo o que fosse solo rural e reservas ecológica ou agrícola existentes. E com esquecimento total da recuperação urbana das localidades envelhecidas, desertificadas e abandonadas do Município.
  5. Ligou-se emocional e interesseiramente ao lado errado da sociedade local. Na hora de procurar saber de que lado bateria o seu coração, o PCP local enleou-se com os poderosos e esqueceu os fracos, os Munícipes sem poder de “lobby” nem riqueza ou capacidade de pagar políticas. E fê-lo ao arrepio completo de toda a sua tradição de muitas décadas. Trocou na Moita a sua alma, e o preço (Já saldado? A pagar futuramente?) é miserável.
  6. Encarou erradamente as grandes questões do Solo, das áreas protegidas e do interesse futuro do Município. E fê-lo na Moita ao contrário de todo o pensamento mais responsável e patriótico, de sectores transversais a toda a sociedade portuguesa, inclusive claro do PCP a nível nacional, conforme na Moita em Maio de 2007 claramente se demonstrou.
  7. Colocou-se totalmente a reboque do governo local. O que seria mau se tivéssemos aqui agora um bom governo, mas se revelou catastrófico porque pior governo local do que na Moita em Portugal não há. E não podia. O PCP sempre fez gala de se apresentar como um Partido de vanguarda, e não como um atrelado de reboque. E muito menos ainda como um partido agachado e de rastos a correr atrás de um mau governo local que, mau grado o emblema do PCP na lapela dos seus dirigentes, só faz porcaria e só desrespeita as leis na Moita. Irreconhecível.
  8. Definhou e agonizou como organização activa e de luta. Como Partido organizado e actuante, não existe. As suas arruadas na Moita levam 5 a 6 pessoas, e praticamente todas funcionários ou dirigentes municipais. Como Partido de discussão interna e debate das grandes questões locais, já era. Como força autónoma, não há. Tirando os louros e as bandeirolas nacionais e históricas, que muitos ainda seguem sem fazer grandes perguntas, o futuro “deste” PCP na Moita é muito incerto. Pudera. As novas gerações que o digam.
  9. A 1ª linha escondeu-se. E o PCP deixou a sua defesa entregue a uma 2ª linha de gente que diz “que sim, que sim, que sim” e a uma 3ª linha do mais reles e miserável que a marginalidade e os bordéis da política partidarizada podem oferecer. Com efeito, dirigentes a falar ou a escrever algo de válido, porventura pacífico ou contestável, mas decente e apresentável, não há. A darem a cara em defesa das políticas ou da ausência delas, localmente, zero. A debaterem os grandes temas concelhios, nem pensar. Restam algumas segundas linhas da estirpe ”Yes Sir, Yes Man”, e uma camada de 3ªs linhas (ou serão os próprios dirigentes, agindo encarapuçados e de modo disfarçado) que vêm a terreiro com a linguagem mais desbragada, mais reaccionária e mais torpe dos piores momentos das lutas de ratos em ambiente de sarjeta nacional. De fazer corar os mais porcos defensores da Legião Portuguesa, na sua luta de então contra os comunistas e os democratas.
  10. Malbaratou erradamente amizades e solidariedades passadas. Na Moita, o PCP hipotecou amizades passadas. Presidentes de Câmara eleitos em Listas do PCP após o 25 de Abril são já vários os que não se revêem neste PCP local. Muitos outros comunistas têm dó deste PCP aqui, agora. Democratas que passaram uma vida ora convergindo, ora divergindo do PCP, mas sempre o respeitando, têm hoje medo do PCP. Têm medo que, se disserem “99,99% que sim” ao PCP, por sinceramente assim o entenderem, mas caso sintam necessidade de acrescentar “0,01% que não”, possam ser corridos com epítetos de renegados, de traidores, de cínicos, de anti-democratas, de ladrões, de homossexuais e outros que tais.
  11. Não soube fazer alianças políticas locais. Localmente, o PCP teve o mérito de unir toda a oposição, PS, PSD e CDS-PP, BE, e outros Partidos contra si. Não cuidou de procurar nem pontes nem entendimentos. Por ter maioria na Câmara, desprezou unidades e alianças, e ficou exactamente como critica outros de estar: só, sozinho, sem ninguém.
  12. Desligou-se erradamente do contacto com as populações. Não há reuniões nem do PCP nem da Câmara de modo descentralizado, e quando as há (da Câmara) é para cumprir calendário. À mínima voz divergente, sobressai o autoritarismo mais vil e contrário à tradição do PCP. Ora porque as pessoas são muitas, e os dirigentes só falam com grupos a retalho. Ora porque as pessoas colocam questões incómodas. Ora porque previsivelmente poderão falar com descontentamento de questões que o poder já está farto de ouvir. Tudo são motivos para fazer imperar o autoritarismo de um poder ilusório e para se aprofundar o fosso do divórcio entre o PCP e os eleitos locais do PCP, de um lado, e os Munícipes, do outro.
  13. Avaliou erradamente a reacção popular. O PCP contava que as pessoas assistissem desinteressadamente e de costas voltadas à sua errada política e ao desgraçado governo local. Apregoa e defende o contrário, mas sabe-lhe bem localmente que o povo seja apático e desinteressado. Que possa discordar, mas que não o faça para além das 4 paredes de uma taberna, ou muito para lá dos momentos das febras, com pão, toiros e vinho em momento de festa. Enganou-se. Saiu-lhe na rifa um descontentamento e uma resistência de cidadãos a sério. E não gostou mesmo nada.
  14. Perdeu erradamente a iniciativa política. Há 3 anos que a iniciativa política escapou completamente à Câmara e aos eleitos PCP, sendo que nesse Partido há anos que não se nota nem se passa nada localmente. Tudo o que há de novo e interessante ou polémico surge da resistência dos Cidadãos, dos Blogues, dos opinadores e das notícias objectivas na comunicação social local, bem como dos restantes Partidos. Do PCP, zero.
  15. Silenciou-se erradamente nos debates fundamentais. Corolário disso, impera do lado do PCP o silêncio total sobre as questões fundamentais. Sobre o que é importante. Instado reiteradamente a descer a terreiro e a aceitar debater em democracia o que realmente interessa ao Município e aos Munícipes, como responde o PCP local? O que diz? Nada. Zero. Silêncio amedrontado total.
  16. Contra-atacou erradamente contra pessoas e não por causas nem projectos. Bem, silêncio total, talvez não. Simplesmente, sobre factos, políticas, projectos, causas, é o silêncio dos sepulcros. Mas a algazarra no ataque sujo e calunioso aos mensageiros, essa é total. Ao ponto de muitos se interrogarem como seria num outro estado de coisas e numa outra relação de poderes, se estes políticos menores tivessem um poder maior? Como seria? O que seriam capazes de fazer, de mandar, que desmandos ousariam cometer se tivessem o poder das polícias e dos tribunais sob o seu controlo? As pessoas aqui têm medo, só de pensar.
  17. Geriu erradamente as relações com a comunicação social. É um facto que, lendo com atenção a comunicação social local e regional, bem como os órgãos de tiragem nacional que recorrentemente se debruçam sobre o estado a que isto chegou na Moita, sobressai uma evidência: a imprensa é isenta, mas não perde uma para apontar os respectivos holofotes às enormes interrogações que a Moita levanta, sendo fácil perceber-se que nas entrelinhas da comunicação social, as vestes descritas do rei local fazem claramente perceber que ele vai nu e com as vergonhas ao léu, mas que disso finge não ter consciência e do facto mostra não ter vergonha nenhuma.
  18. Destruiu por muitos anos que hão-de vir a sua imagem e o seu prestígio e identidade locais. Serão precisos muitos e muitos anos para que quem viver possa esquecer os prejuízos contra o PCP que o PCP na Moita está a provocar a si próprio. Quem simpatizou, não mais vai confiar. Quem nunca antes o conheceu, o que neste período aprendeu é de lastimar. Quem tinha dúvidas, ganhou certezas. Na fotografia, o PCP não poderia ficar pior, não poderia a sua imagem mais sofrer. É aos seus, na Moita, é a eles e quase só a eles que terá de agradecer.

O PCP errou em toda a linha, em tudo o que era possível errar, e em todos os momentos da sua actuação na Moita de há uma década e tantos anos para cá na Moita, pelo menos.

A quem se pode queixar?
A quase ninguém mais do que ao seu próprio círculo interno de dirigentes locais.

Pode ainda queixar-se à falta de controlo e de visão dos seus dirigentes regionais e nacionais, cegos (por não quererem ver) e de mãos atadas (por não quererem agir), perante toda este afundamento dramático do PCP na Moita.

Ass.:) Cidadão perfeitamente identificado e com o seu nome na altura devidamente publicitado.

# posted by AV : 8/29/2007

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Neste espaço surgirão artigos e notícias de fundo, pautadas por um propósito: o respeito pela Lei, a luta contra a escuridão. O âmbito e as preocupações serão globais. A intervenção pretende ser local. Por isso, muito se dirá sobre outras partes, outros problemas e preocupações. Contudo, parte mais significativa dos temas terá muito a ver com a Moita, e a vida pública nesta terra. A razão é uma: a origem deste Blog prende-se com a resistência das gentes da Várzea da Moita contra os desmandos do Projecto de Revisão do PDM e contra as tropelias do Processo da sua Revisão, de 1996 até ao presente (2008...) Para nos contactar, escreva para varzeamoita@gmail.com