sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

É por estas e por outras que os Portugueses cada vez acreditam mais nesta espécie de democracia e nesta espécie de grandes governantes.




Haverá semelhanças entre a Câmara da Moita e o governo da nossa terra, por um lado, e o Banco BCP e a sua gestão interessantíssima, por outro lado?

Bem, diferenças essas sim, há-as e são gritantes.

  • O Banco nada em dinheiro e a Câmara de dinheiro nada.

Mas, quanto a diferenças, aí alto.

É bom ficar-se por essa apenas.

Depois, as semelhanças são aos molhos, se não vejamos:

  • As práticas de bom governo ou nem tanto assim da parte da Câmara da Moita são do pior e do mais triste que se pode encontrar em Portugal. Sobre o BCP, é o que se vê.
  • O respeito pela lei e pelos cidadãos ou nem por isso do lado da Câmara da Moita é um desatino. No que toca ao BCP, é o que se vê.
  • Os organismos de tutela e as inspecções por parte do Estado central sobre as violações da lei e os meandros de escuridão no dia a dia da Câmara da Moita são um espectáculo. Não há diferença que se veja entre altos funcionários e governantes lá de Lisboa cegos, surdos e mudos[1] à mais escancarada violação da Lei, da ética e da transparência aqui no nosso concelho, por um lado, e os macacos sábios que não vêem, não ouvem e nada dizem na velha lenda, por outro lado. No que toca aos organismos de supervisão face ao BCP, é o que se vê.

É por estas e por outras que os Portugueses cada vez acreditam mais nesta espécie de democracia e nesta espécie de grandes governantes.

A Moita e o BCP e as autoridades de supervisão parecem realidades distantes, mas na verdade são três faces de uma só moeda.

Gente reles, que usa ser forte e arrogante diante dos fracos, e rachada e submissa debaixo dos fortes.

Que é tirana contra quem não tem poder de lobby nem do dinheiro, mas que só sabem coçar para dentro e encobrir-se uns aos outros lá bem por detrás da cortina, nas manobras de bastidor que todos vêem, os que querem objectivamente enxergar.

Capangas e Padrinhos admiráveis, até ao dia que se descobre terem sido absolutamente execráveis.



[1] Cegos porque podem ver mas preferem não o fazer, surdos porque sabem ouvir mas preferem mentir e mudos porque podem falar mas optam antes por se calar.

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Neste espaço surgirão artigos e notícias de fundo, pautadas por um propósito: o respeito pela Lei, a luta contra a escuridão. O âmbito e as preocupações serão globais. A intervenção pretende ser local. Por isso, muito se dirá sobre outras partes, outros problemas e preocupações. Contudo, parte mais significativa dos temas terá muito a ver com a Moita, e a vida pública nesta terra. A razão é uma: a origem deste Blog prende-se com a resistência das gentes da Várzea da Moita contra os desmandos do Projecto de Revisão do PDM e contra as tropelias do Processo da sua Revisão, de 1996 até ao presente (2008...) Para nos contactar, escreva para varzeamoita@gmail.com