Notícia e Comentário no Blogue Viver Alhos Vedros:
Decorreu hoje a 3ª amostra de projectos e produtos biológicos.
Comparativamente com a Biofesta do ano anterior
Notícia e Comentário no Blogue Viver Alhos Vedros:
Decorreu hoje a 3ª amostra de projectos e produtos biológicos.
Comparativamente com a Biofesta do ano anterior
Visitou este Artigo tão, tão importante?
Encontrou similitude alguma com casos urbanísticos, de transparência ou escuridão, de legalidade ou foras-da-lei no nosso País?
Quer comentar-nos, escrever-nos algo para varzeamoita@gmail.com as suas observações?
Ficar-lhe-emos muito gratos.
Tools to Support Transparency in Local Governance
Urban Governance Toolkit Series
March 2004
TI Features: As the product of a partnership between Transparency International (TI) and UN-HABITAT (the United Nations Human Settlements Programme), Tools to Promote Transparency in Local Governance has been developed under the umbrella of the Global Campaign on Urban Governance. It builds on the first toolkit developed by the Campaign to promote good urban governance, Tools to Promote Participatory Urban Decision-Making (PUDM).
To download the PDF click below:
ti_un_toolkit.pdf 1.68 MB
¿Qué hacer contra la corrupción urbanística? He aquí un decálogo de medidas urgentes para frenar el auge de la especulación inmobiliaria en España.
1. Eliminar la calificación del suelo; en el suelo se debe construir o no en función de la decisión de la comunidad correspondiente a través de sus representantes y expresada en el Plan. Evidentemente, habrá suelo especialmente protegido por razones paisajísticas, medioambientales o culturales de acuerdo a criterios nacionales y/o autonómicos.
2. Aplicar
3. Establecer que la obligación de urbanizar corresponde a la autoridad local expropiadora, de acuerdo con el plan legalmente aprobado.
4. Promover que la autoridad que tiene que urbanizar contrate con empresas especializadas en urbanizar y construir, dicha actuación urbanizadora, mediante contratos públicos, competitivos y transparentes.
5. Prohibir los contratos urbanísticos, pero flexibilizar la modificación de planes garantizando la transparencia y la participación ciudadana.
6. Reformar la normativa de incompatibilidades de concejales y alcaldes, de forma que se les apliquen, con ligeras matizaciones, las normas sobre conflicto de intereses e incompatibilidades que se aplican a los altos cargos del Estado. Por ejemplo, la prohibición de trabajar, en los dos años siguientes a su cese, para empresas con las que tuvieron relación durante el ejercicio de su cargo.
7. Remitir la declaración de intereses de los concejales y alcaldes a
8. Establecer como delito, castigado con penas de hasta dos años de prisión, la no entrega de la declaración de intereses o el falseamiento de datos.
9. Reformar la financiación de los gobiernos locales a efectos de adecuar ingresos a competencias realmente ejercidas.
10. Modificar la normativa de financiación de partidos, de forma que se prohíban las donaciones opacas, se refuerce la independencia del órgano fiscalizador de sus cuentas y se les requiera mayor transparencia en sus ingresos y gastos.
* Manuel Villoria es catedrático de Ciencia Política de
O nosso Blog Um por todos, todos por um foi imerecida mas gentilmente nomeado como um dos Blogs com Tomates, veja-se aqui.
Recorda-se: Aí se diz que a autora da iniciativa considera um Blog com Tomates aquele que luta pelos direitos fundamentais do ser humano.
Assim, Um por todos, todos por um considera-se muito honrado e aceita as regras do jogo, fazendo as nossas próprias nomeações. Só podem ser 5, e que nos seja perdoado não podermos nomear todos quantos gostaríamos.
Assim, os nomeados são:
[publicado no Diário de Aveiro, 25 de Maio de 2006]
Este movimento de cidadãos – que começou esta luta simples e localizada – polarizou esforços e gerou a discussão abrangente a nível nacional. Com a actual legislação, a mais-valia gerada por um acto administrativo de uma autarquia é entregue totalmente ao proprietário do terreno, sem que este tenha produzido nada e sendo que o solo continua exactamente igual. Como uma simples assinatura pode valer uma valorização até 20.000% os decisores técnicos e políticos são lançados num circo de feras, sujeitos às mais variadas pressões.
Na Conferência da Moita, um dos pontos consensuais da análise é que a actual situação não serve os cidadãos nem o país e que potencia a corrupção. Contudo, e apesar da presença de vários deputados (incluindo da bancada maioritária na Assembleia da República), continua a apenas existir um único projecto-lei sobre o tema, apresentado no início deste ano e ainda
O exercício da cidadania e a participação do cidadão na decisão política é essencial. No caso da política de solos o seu envolvimento deve ser tanto maior, uma vez que é a qualidade de vida e o interesse colectivo que estão
Em primeiro, quando uma autarquia procede à requalificação de terrenos deveria ser obrigada a elaborar um mapa onde se refira a valorização ou desvalorização que cada parcela sofre com essa alteração administrativa.
Em segundo lugar, o registo da transferência da posse dos terrenos deveria ser público. A autarquia deveria deter e disponibilizar o histórico de aquisições de cada parcela nomeadamente informação sobre os proprietários, os preços de compra, conjugando estes dados com a data e valorização provocada por qualquer alteração do estatuto das parcelas.
Em terceiro, a nível de exercício da cidadania, deveria ser criado um mapa da especulação semelhante ao que a organização Ecologistas en Acción dispõe para o território espanhol. Este mapa disponível na Internet tem como missão denunciar publicamente casos de especulação imobiliária que atentam contra o interesse público, contendo informação sobre a sua localização, do estado do projecto, dos seus danos ambientais e sociais e o relato da intervenção de cidadania sobre o caso.
Etiquetas: Artigos publicados, cidadania, democracia participativa, política de solos
escrito por Nelson Peralta at 18:23
Artigo aqui, no Blogue Notícias da Aldeia.
Ver igualmente esta série de Artigos, e a ligação Várzea da Moita / Canelas aqui.
Publicamos de seguida, as comunicações e diversas tomadas de posição apresentadas na “Conferência da Moita”, sobre política de solos, mais-valias urbanísticas e ordenamento do território. Todos os documentos aqui divulgados, têm uma ligação ao “blogue oficial” da iniciativa, “UM POR TODOS, TODOS POR UM” e podem não respeitar a ordem por que foram apresentados.
- Intervenção de abertura da Conferência, Dionísio José Barata
- "Mais-valias: quem as gera e quem as captura? Agentes e comportamentos", Engenheiro José Carlos Guinote
- “O pseudo Ordenamento do Território da Moita”, Arquitecto Américo da Silva Jorge
- “Pregação sobre os usos e abusos do Território”, Arquitecto Joaquim Jordão
- "Responsabilização das autarquias: primeiro passo de estratégia global", Tânia Morais da JSD da Moita
- “PDM da Moita- verdades e mentiras do processo de revisão”, Vítor Cabral, vereador do PS à Câmara Municipal da Moita
- “Ordenamento do Território de mal a pior”, comunicado da Quercus
- Propostas de alteração ao Programa Nacional das Políticas de Ordenamento do Território, apresentadas pelo Bloco de Esquerda na Assembleia da República.
- "Urbanismo, cancro da Democracia Portuguesa", Paulo Morais, antigo vereador do urbanismo da Câmara Municipal do Porto.
- "Ordenamento do Território, Desenvolvimento e Qualidade de Vida" , Joaquim Raminhos, vereador do Bloco de Esquerda à Câmara Municipal do Porto.
- "O papel do autarca na regulamentação do uso dos solos" , Luís Nascimento, vereador (PSD/CDS/MPT) à Câmara Municipal da Moita.
- "Plano de Ordenamento do Parque Natural da Arrábida e Projecto da Mata de Sesimbra: dois casos de Ordenamento do Território e Cidadania " , Rui Passos, Associação “P’
Publicada por Zé Bonito em 18:14
Ao excelente trabalho de síntese do Blogue Pastel de Vouzela, podemos acrescentar ainda outras Referências, de modo não exaustivo. Para saber mais, visite-se os Arquivos de “UM POR TODOS, TODOS POR UM”
GEOTA: ,,,Queremos desde já congratular a organização por promover um debate sobre tão importante tema para o ordenamento do território. – Comunicado do GEOTA “Mais valias urbanísticas - um tema que merece ser amplamente discutido! GEOTA assistirá a conferência a realizar na Moita
Blogue Pastel de Vouzela escreve sobre a Conferência da Moita aqui:
O conjunto de intervenções feitas na Conferência da Moita (ver destaque “Outros folhados”, na coluna da direita), são um importante instrumento teórico para todos quantos se preocupam em conhecer os mecanismos da especulação imobiliária e da consequente ocupação selvagem do solo. De todas elas, optamos por destacar a do Engenheiro José Carlos Guinote, pela abordagem que fez às leis que nos regem, pelo modo como explicou a parte escondida da tramóia e, ainda, pela referência a exemplos de outros países.
Formado
A QUESTÃO DAS MAIS-VALIAS SIMPLES
Mais-valias: Quem as gera e quem as captura
Se queremos falar de Política de Solos e de Mais-Valias devemos talvez começar por revisitar a Lei de Bases do Urbanismo, Lei 48/98 e o Decreto-Lei nº 380/99 revisto pelo Decreto-Lei nº 310/2003 e tentar perceber a importância que ela ocupa no arquitectura do nosso sistema de planeamento territorial.
…
Continua aqui.
Texto integral igualmente aqui.
Blogue Pastel de Vouzela envia linda Mensagem de solidariedade às Cidadãs e Cidadãos da Moita, dizendo … “Todos fomos (somos) cidadãos da Moita.”
Aos organizadores da "Conferência da Moita":
Para o "Pastel de Vouzela", foi um prazer colaborar, ainda que modestamente,
na divulgação da vossa iniciativa. Ao fim e ao cabo, foi mérito vosso
conseguirem dar uma dimensão nacional à "Confrência da Moita", pelo que
todos a sentimos como "nossa". Todos fomos (somos) cidadãos da Moita.
Esperamos, sinceramente, que dê frutos, não apenas nos problemas que mais
directamente vos afligem, mas também como exemplo de acto de cidadania
contra a apropriação privada de um património que é de todos. O nosso espaço
estará sempre à vossa disposição.
Mantemo-nos na "rede".
24 Maio ‘07
Zé Bonito
Blogue Pastel de Vouzela
Moita: boa e má governação, escuridão e transparência, ética e legalidade
Factos 3
Amputações de REN e de RAN e transferências de Solo Rural para novo Solo Urbano na Moita:
O “modus operandi” e o espírito da coisa
Sobre o famoso caso da Quinta das Fontainhas e outros casos
Precisão cirúrgica
Pode dizer-se que houve precisão cirúrgica no planeamento e na execução, com pinças e bisturi, em todo o Processo de Revisão e na elaboração do Projecto de novo PDM da Moita, entre 1996 e o momento presente, em 2007.
Sobretudo sempre que se tratou do pomo central da questão:
· As amputações de REN e de RAN e as transferências de Solo Rural para novo Solo Urbano na Moita, com a consequente promessa ou miragem da constituição de mais valias urbanísticas chorudas e rápidas para uns quantos.
· Tudo isso sempre assente numa forma miraculosa de criar riqueza em países como Portugal: a obtenção de um papel formato A4 com a assinatura certa, e carimbado à maneira, onde a classificação e o uso do Solo mudem da noite para o dia, e com base em tal trabalheira o valor do dito Solo salte do tostão para o milhão.
Bem me quer, Mal me quer
Mais valias são uma das 2 faces de uma só moeda, são precisamente a face dourada e com cotação positiva e valor de câmbio interessante.
Como muitas outras moedas, essa moeda não foge à regra e também tem uma segunda face, o seu reverso.
O reverso dessa moeda são pois as menos valias.
Recorde-se que a factura daquelas mais valias significativas para alguns é paga, em juros e amortizações 2 e 3 e 4 e mais vezes superiores ao que seria razoável, pelos outros cidadãos na nossa sociedade.
Cidadãos que somos nós quase todos, desde o jovem casal de desempregados aos quadros superiores e aos profissionais de sucesso e com uma vida boa, que precisem de comprar casa para viver, e a quem cabe carregar ao longo da vida inteira o peso do reverso da dita moeda, as menos valias de muitos que são a razão de ser das mais valias de poucos.
Por vezes esse carrego é uma maratona levada a bom porto com sucesso.
Outras vezes, desemboca na falência das famílias ou das empresas, num processo de catástrofe anunciada e sempre à espreita, tal o peso excessivo da canga suportada.
Para quem não sabe, 100 palavras definem o nosso problema
O Processo de Revisão do PDM e o Projecto de novo PDM da Moita compreendem aparentes violações da Lei, uma amálgama pantanosa de situações obscuras e uma sucessão vasta e sistemática de más práticas de governação.
A Moita merece ser um caso de estudo da vida em democracia e da transparência, ou da falta delas.
Sem palavras, inenarrável.
Resumindo em 100 palavras a situação, existem na Moita 2 regimes políticos e verificam-se 2 revisões do PDM, onde os grandes perdedores são o Concelho, os Munícipes, a ética e a transparência, e onde sai gravemente ferida a legalidade e a democracia.
“Modus operandi” com traços comuns
Algumas questões muito graves atravessam todo o Processo de Revisão e todo o Projecto de novo PDM da Moita, a saber:
§ Extensa amputação de áreas significativas de Reserva Ecológica Nacional REN, muitas delas realizadas em segredo, sem que os Munícipes fossem nem vistos, nem achados;
§ Bizarras deslocações de áreas de REN, com perda ambiental total nas zonas de onde a REN é retirada, e com ganho ambiental nulo nas zonas para onde a REN é transferida;
§ Desclassificação de Solos Rurais com transferência directa e não sustentada para novos Solos Urbanos, em aparente e grosseira violação da Lei;
§ Variadas outras situações de legalidade, de legitimidade e de práticas de democracia e de transparência muito questionáveis em todo o Processo de Revisão do PDM, com eventual lesão para o Estado e os Portugueses;
Sejamos breves, falemos claro
Hoje, por economia de espaço, tratamos nesta análise apenas das amputações e das deslocações de áreas de REN e de RAN, com perda ambiental total, e da desclassificação de Solos Rurais com transferência directa e não sustentada para novos Solos Urbanos, em aparente e grosseira violação da Lei.
Traços comuns
Essas movimentações na Revisão do PDM da Moita têm traços comuns, e nomeadamente:
· Foram nos casos mais significativos objecto de Protocolos entre a Câmara e os Promotores da mudança jeitosa do uso do Solo, comprado de véspera em REN e RAN, e como Rural e a tostão, e valorizado na manhã seguinte sem REN, sem RAN e como Urbano a milhão;
· Noutros casos, foram objecto de Propostas de desanexação de REN e RAN com conversa e fundamentação ardilosa, por vezes fundamentada em fraude e embuste pespegados diante dos olhos semicerrados e dorminhocos do Poder Central e dos seus altos representantes;
· Noutras situações ainda, à falta de melhor, manteve-se a REN e a RAN numas Cartas ou Mapas de embalar, e programou-se simultaneamente as mesmas áreas como nova Cidade noutras Cartas de valer.
O mesmo álibi, sempre
Essas manobras foram sempre encapotadas sob o manto alegadamente nobre e credível do alargamento da REN em dobro a novas áreas do Sul do Município, alegadamente compensadores da perda em singelo nas áreas de desclassificação e desanexação programadas.
Iludindo assim quem adora ser iludido, com a tese peregrina e fraudulenta assente em 2 patranhas, qual delas a mais despudorada e evidente:
· A falácia do ganho ambiental supostamente vistoso, se bem que de facto nulo, nas novas áreas protegidas, mas já antes ecologicamente defendidas;
· O embuste da perda ambiental alegadamente desprezível, apesar de comprovadamente máxima, nas terras assim abruptamente desguarnecidas.
No saldo contabilístico do deve e do haver da protecção ambiental das terras do Concelho da Moita, na balança da salvaguarda da sua permeabilidade e do seu equilíbrio ecológico, tudo a Moita perde quando desaparece a REN e a RAN e os Solos Rurais em cerca de
Cada roca com seu fuso, cada terra com seu uso
Numa análise mais miúda, verificamos que foram entretanto diversificadas as tácticas utilizadas, como se assim se pretendesse baralhar os Munícipes.
Por um lado, ter-se-á pensado que ficariam confusos com tanta diversidade.
Por outro, a táctica pode ter sido deixar os Cidadãos a falar sozinhos, pois desde a 1ª hora a tónica dominante foi sempre uma e só uma:
Mas vejamos em síntese como se procedeu em diversos lugares, para finalmente nos centrarmos no caso de estudo de hoje, a Quinta das Fontainhas, no extremo poente do Município da Moita.
Por economia de espaço, vejamos 3 casos mais emblemáticos, um com Protocolo, outro com Alvará inexistente e um terceiro com Desanexação REN complementada com Requerimento em boa hora aceite e considerado.
O caso de Brejos Faria e da Quinta da Migalha
Estamos a falar de Solo Rural, parcialmente em RAN e muito largamente em REN.
Dir-se-ia, uma das jóias da coroa deste PDM.
Com singularidades interessantíssimas.
Cartas com a mesma data, do mesmo Processo de Revisão do PDM, com orientações antagónicas, 6 delas apontando para a farsa e para o arquivo morto, e 1 para a realidade que há-de vir.
Que há-de vir, mas que desde 10 Outubro 2000 já estava claramente prevista em Procolo assinado pela Câmara e pela Empresa proprietária.
O caso da Quinta e da Moradia no Penteado
Este é um caso muito famoso, pelo picante e pelo enigmático de algumas situações.
Supõe-se que, no frenesim das amputações de REN em 2004 das áreas de que interessava tirar a REN de vez, e com a pressa de estender nova REN às áreas dos álibis forjados como justificação daquelas amputações, um erro infeliz aconteceu, e a mancha de REN nova caiu sem se querer nesta Propriedade de
Desgraça. Miséria. Infelicidade. Com tanto manejar a faca, o pessoal do açougue fez um golpe na própria carne.
E como fazer, para de pronto se remediar tão imperdoável lapso?
Isto é, notaram a falta do Alvará, mas mesmo assim concordaram e despacharam “Favorável”.
Sem questionar, demoraram 2 anos a saber pela imprensa que o Alvará existente nunca existiu
O caso do Pinhal do Cabau
Esta Propriedade ficou igualmente célebre em todo este Processo por ter sido adquirida
E como se operou a coisa neste caso?
Um ror infindável de situações ambíguas, a merecerem boas investigações
Poder-se-ia falar de numerosos outros casos nebulosos, merecedores de investigação aprofundada, a saber por exemplo:
E muitas outras mais. E mais. E mais.
O caso da Quinta das Fontainhas
Chegámos ao caso de estudo que mais nos interessa hoje, nesta análise.
Estamos a falar de
Ora, caso espantoso aqui igualmente se passou:
Tal e qual, tão simples, já está!
Na Moita, parecem coexistir 2 regimes políticos num só Concelho
Esta situação é insustentável, e vem dar razão a todos os que clamam que na Moita existe uma aparente dualidade de critérios na gestão da 'res publica' no Município, onde sucessivas práticas parecem indiciar que existe na Moita 1 Concelho com 2 Regimes Políticos antagónicos,
§ Um regime de favores para meia dúzia, e
§ Outro regime de mão pesada para centenas e milhares de pessoas simples e sem poder de 'lobby'.
Na Moita, desde 1996 até ao presente, decorreram 2 Revisões do PDM, a pública e a privada
E é igualmente insustentável pela aparente existência de 2 Processos de Revisão do PDM da Moita, em simultâneo:
§ A Revisão pública e de fachada para os Munícipes olharem e a Administração Central ser convidada a dizer que sim e assinar de cruz, sem ver, nem ouvir, nem pensar, nem dizer nada ou pelo menos para ser convidada a nada fazer com eficácia que se veja em defesa do interesse público e da Lei, e
§ A Revisão privada e de verdade e para valer, onde tudo o que realmente foi importante se cozinhou e decidiu do lado de lá da cortina, num ambiente onde as pessoas têm dúvidas e não descortinam onde cessam os interesses públicos, e onde começam os aproveitamentos privados e pessoais.
Solo rural e REN perdidas pelo caminho ao deus dará
A REN e o Solo Rural da Quinta das Fontainhas perderam-se pelo caminho entre 1993 e 2005, fazendo jus à promessa da Câmara da Moita presente na Cláusula Terceira do Protocolo de 10 de Outubro de 2000 assinado com a Imomoita SA, onde se prevê uma futura classificação da Propriedade como território Urbano com índice de utilização bruto de 0,7.
Os obreiros do Protocolo têm mais poder ao mexerem um dedinho mindinho que todo o peso da Lei em Portugal.
Para essas pessoas, são letra morta o Decreto-Lei Decreto-Lei nº 380/99 de 22 de Setembro de 1999, mais a Resolução do Conselho de Ministros n.º 76/2002 , e ainda com o contrapeso da Recomendação, com o acrescento Decreto-Lei nº 310/2003 de 10 de Dezembro de 2003, e ainda do Decreto 17/95 de 30 Maio, agora reconfirmado pelo Decreto 1/2007 de 25 Janeiro.
E mais nada.
A Lei foi grosseiramente violada
A REN e o Solo Rural perderam-se pelo caminho, e contudo não podiam.
A Democracia e a inteligência dos Cidadãos foram violentadas sem vergonha
Não há quem aguente nem compreenda
O verdadeiro espírito da coisa
Não há quem aguente nem compreenda tão inumerável conjunto de situações onde
Pode dizer-se assim hoje na Moita que tem sido difícil distinguir onde acaba o interesse público e onde começam os aproveitamentos privados e pessoais, nesta desenfreada e louca corrida ao ouro que a nossa terra tem, e que dá pelo nome de novo Solo Urbano e sem REN nem RAN, bom para urbanizar novas cidades que dificilmente alguém habitará, e novos parques industriais que possivelmente não terão nunca empresas suficientes para os ocupar.
Mas na febre bêbeda da especulação fundiária em busca de novas mais valias urbanísticas, chorudas e repentinas, é deste crescimento sem sustentação, nem lei, nem moral nem razão que é feita a massa do Projecto de novo PDM que aí temos.
São pobres e sobretudo são miseráveis as terras que apostam nesta via de subdesenvolvimento.
Estupefacção e desencanto generalizados
Entretanto, na Moita assiste-se com estupefacção ao facto de Organismos do Estado Central e da Coordenação Regional se comportarem como corpos indolentes, preguiçosos que não estudam os dossiers, que não queimam pestana, e que assinam de cruz sem ver, nem perguntar nem perceber o que estão assinando e o que estão despachando.
Assiste-se na Moita com desgosto ao facto de a participação cidadã não ser estimada, incentivada e valorizada, antes sendo recebida com azedume e intolerância não democrática, como se de um mal se tratasse.
Assiste-se na Moita com revolta ao facto de as zonas ribeirinhas, as zonas de máxima infiltração, as zonas de mata e de pulmão verde já terem sido ou estarem em vias de perdição por muitos anos, numa febre de crescimento que só pensa em novos espaços virgens para mais e mais ocupação, e que esquece a recuperação dos miolos empobrecidos, envelhecidos, abandonados e desertificados dos núcleos urbanos que já existem.
As pessoas não entendem que os agentes destas políticas sejam representantes de Partidos políticos com pergaminhos e historial ao serviço das pessoas simples e da liberdade e da justiça.
As pessoas falam contra a escuridão e a favor da Lei, e enquanto isso descrêem destes representantes, correndo-se o risco de muitos poderem facilmente cair na tentação de descrer da própria democracia.
A voz que corre entre nós é que isto assim não presta, se uma boa de uma solução justa não vier a ser rapidamente encontrada.
Que assim, não pode ser!
Nota final
Este texto trata de factos, e da sua confrontação exacta com Leis da República, identificadas com precisão.
Aborda assuntos importantes da Moita de hoje, porventura enquadráveis nos conceitos de boa e má governação, escuridão e transparência, ética e legalidade.
Quem o ler poderá escolher em consciência onde enquadrar estes factos, quais desses conceitos melhor se lhes aplicarão, e como os interpretar.