A Conferência Nacional sobre a Política de Solos, as Mais Valias Urbanísticas e o Ordenamento do Território realizou ontem o seu primeiro painel, perante uma assistência de cerca de 120 pessoas.
Com a devida vénia ao O RIO.pt
Os oradores convidados a proferir palestras foram: Pedro Bingre do Amaral, Prof. da Universidade Lusófona do Porto, que desenvolveu o tema “O desordenamento do território – escolha política ou fatalidade cultural”; Luís Nascimento, Vereador (PSD/CDS) na Câmara da Moita, que tratou o tema “O papel do autarca na regulamentação do uso dos solos”; Francisco Louçã, Coordenador do Bloco de Esquerda e Deputado, que falou de casos e causas: as fortunas da especulação urbanística e os meios de as evitar”; Ana Cristina Bordalo, Jurista e Docente Universitária, que dissertou sobre “Ordenamento do território e fraccionamento de prédios rústicos para fins urbanísticos”.
A qualidade das palestras apresentadas e a elevação do debate suscitado, com intervenções de diversos participantes da plateia, colocando questões, dando opiniões e suscitando intervenções novas da parte dos oradores que estavam no painel, foi a nota mais saliente.
“Esta Conferência, aqui na Moita, é um exemplo e não tem paralelo no nosso país”, afirmou Francisco Louçã.
Como ficar rico o mais depressa possível foi a questão que este orador pôs à assistência, adiantando depois a resposta, segundo a qual, para quem não nasceu rico, há três formas de enriquecer depressa, ou seja:
- a primeira é ter um bom emprego;
- a segunda é ter um bom negócio;
- e a terceira é ter bons amigos.
E exemplificou:
- os administradores do BCP ganham 3,5 milhões de euros por ano (é um bom emprego);
- os principais bancos em Portugal apresentaram lucros superiores em 20 % em relação ao 1º trimestre do ano passado (é um bom negócio);
- e, entre outros exemplos, a Quinta das Fontainhas, em reserva agrícola, que foi comprada por algumas centenas de milhares de euros e depois foi vendida a uma empresa offshore por 26 milhões de euros, a qual ficou em condições de, amanhã, poder pedir uma choruda indemnização se aqueles terrenos lhe forem expropriados para a construção dos acessos à futura ponte (isto é ter bons amigos).
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