sábado, 19 de maio de 2007

Jornal O Rio em www.orio.pt e com Edição quinzenal em papel entrevista Moradores e Proprietários da Várzea da Moita, noticia sobre Abertura da Conf.

Sociedade :
Na Sociedade Estrela Moitense:
Conferência Nacional da Várzea da Moita pautou-se pela qualidade das intervenções e pela elevação do debate
em 2007/5/19 2:30:00

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A Conferência Nacional sobre a Política de Solos, as Mais Valias Urbanísticas e o Ordenamento do Território realizou ontem o seu primeiro painel, perante uma assistência de cerca de 120 pessoas.

Os oradores convidados a proferir palestras foram:
Pedro Bingre do Amaral, Docente Universitário, que desenvolveu o tema “O desordenamento do território – escolha política ou fatalidade cultural”;
Luís Nascimento, Vereador (PSD/CDS) na Câmara da Moita, que tratou o tema “O papel do autarca na regulamentação do uso dos solos”;
Francisco Louçã, Coordenador do Bloco de Esquerda e Deputado, que falou de casos e causas: as fortunas da especulação urbanística e os meios de as evitar”;
Ana Cristina Bordalo, Jurista e Docente Universitária, que dissertou sobre “Ordenamento do território e fraccionamento de prédios rústicos para fins urbanísticos”.

A qualidade das palestras apresentadas e a elevação do debate suscitado, com intervenções de diversos participantes da plateia, colocando questões, dando opiniões e suscitando intervenções novas da parte dos oradores que estavam no painel, foi a nota mais saliente.

“Esta Conferência, aqui na Moita, é um exemplo e não tem paralelo no nosso país”, afirmou Francisco Louçã. Como ficar rico o mais depressa possível foi a questão que este orador pôs à assistência, adiantando depois a resposta, segundo a qual, para quem não nasceu rico, há três formas de enriquecer depressa, ou seja: a primeira é ter um bom emprego; a segunda é ter um bom negócio; e a terceira é ter bons amigos. E exemplificou: os administradores do BCP ganham 3,5 milhões de euros por ano (é um bom emprego); os principais bancos em Portugal apresentaram lucros superiores em 20 % em relação ao 1º trimestre do ano passado (é um bom negócio); e, entre outros exemplos, a Quinta das Fontainhas, em reserva agrícola, que foi comprada por algumas centenas de milhares de euros e depois foi vendida a uma empresa offshore por 26 milhões de euros, a qual ficou em condições de, amanhã, poder pedir uma choruda indemnização se aqueles terrenos lhe forem expropriados para a construção dos acessos à futura ponte (isto é ter bons amigos).

Amanhã, vão estar conferencistas e outros participantes de reconhecido mérito.
Haverá mais três painéis:
na parte da manhã, às 9.30 h,
à tarde, às 15.00 h e
no final da tarde, às 19.00 h.

A entrada é livre.

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Neste espaço surgirão artigos e notícias de fundo, pautadas por um propósito: o respeito pela Lei, a luta contra a escuridão. O âmbito e as preocupações serão globais. A intervenção pretende ser local. Por isso, muito se dirá sobre outras partes, outros problemas e preocupações. Contudo, parte mais significativa dos temas terá muito a ver com a Moita, e a vida pública nesta terra. A razão é uma: a origem deste Blog prende-se com a resistência das gentes da Várzea da Moita contra os desmandos do Projecto de Revisão do PDM e contra as tropelias do Processo da sua Revisão, de 1996 até ao presente (2008...) Para nos contactar, escreva para varzeamoita@gmail.com