quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Recebemos um novo Texto do Cidadão visado no famoso Comunicado do Executivo da Concelhia do PCP na Moita

O homem de amarelo é para deitar abaixo!


2 ou 3 pequenos problemas do PCP na Moita

Apesar de ter uns problemazitos, o PCP na Moita ainda mete medo a muita gente, sendo mesmo aterrador aos olhos de alguns…


Não de todos. Mas de alguns.

É complicado, mas é um facto que o PCP na Moita não assusta todos, mas consegue apavorar mesmo assim muita gente.

É disso uma evidência o recente Comunicado do Executivo da Comissão Concelhia da Moita do Partido Comunista Português sob o título “LIÇÕES (I)MORAIS”.


Nele, o PCP na Moita faz tudo para isolar um cidadão, que cita nominalmente por 4 vezes no seu Comunicado, com o fito aparente de o apresentar aos amigos, simpatizantes e militantes do PCP, bem como a outros Cidadãos passíveis de acreditar na palavra do PCP ou de no mínimo ficarem com dúvidas, como alguém a dever ser encarado pelo menos como um alvo político a abater.

Segundo o dito Comunicado, estar-se-á diante de alguém assim caracterizável:

1. pessoa merecedora do trocadilho “tão cidadão era o antifascista, como o bufo que o denunciava”,
2. pessoa que solicita (individualmente) reuniões mas onde “comparece com quatro acompanhantes”,
3. que se entrega à “habitual diatribe contra... o Plano Director Municipal, a Câmara, os autarcas, enfim, contra (quase) tudo e (quase) todos, concluindo com uma colecção de “recomendações” / “recados” ao PCP”,
4. que relata depois essas reuniões em escritos conforme a sua conveniência, assim iludindo incautos leitores,
5. pessoa que vem demonstrando falta de honestidade intelectual,
6. pessoa a quem tudo serve de pretexto para a reprodução do chorrilho de falseamento de factos, puras invenções, injúrias e dislates que têm servido de base à campanha feroz que está a ser conduzida contra a gestão municipal, os autarcas comunistas e o PCP e a CDU,
7. indivíduo que depois lança o custo desta campanha sobre população do Concelho, a quem pede que pague em última análise as respectivas favas,
8. pessoa que verdadeiramente procura é bloquear o progresso e o desenvolvimento do Concelho,
9. pessoa a quem se não reconhece legitimidade moral, como não o faz tampouco o PCP aos que o renegaram, para darem quaisquer lições ao PCP na Moita, pois tais lições seriam verdadeiramente lições imorais,
10. pessoa de propósitos explícitos ou encapotados,
11. pessoa que abusa da utilização de preocupações e aspirações legítimas de alguns munícipes,
12. pessoa que está a promover uma campanha que pretende impor, por todos os meios a que consiga deitar mão, com o propósito da não concretização das propostas do Programa Eleitoral da CDU que foram maioritariamente aprovadas pela população do Concelho,
13. pessoa com um iniludível vezo antidemocrático, explícito na busca de conseguir a imposição dos seus interesses e opiniões particulares,
14. pessoa finalmente que faz com que o cinismo e a traição imperem.

É natural que muitas pessoas, ao lerem este texto, e não privando nem conhecendo o percurso de vida da pessoa citada, nem o seu dia a dia ao longo de uma vida, possam extrair uma ou mesmo ambas as conclusões seguintes:

De 2, uma:
A. Ou esse homem é uma pessoa má para o Concelho, deseja o mal da nossa terra, pretende bloquear o desenvolvimento do Município, é cínica, renegada e traidora, e ainda por cima intelectualmente desonesta, abusa da confiança de gente incauta, porventura apresentar-se-á como cidadão mas será talvez um bufo, passeia-se com acompanhantes sabe-se lá de que género e com que fins, abusa de diatribes e pretende dar recados a partidos políticos, relata os factos com falsidade e ao sabor dos seus interesses encapotados, debita chorrilhos de falsidades, invenções, injúrias e dislates, move uma campanha feroz contra a nossa Câmara, não tem moral ou pior é imoral, usa de todos os meios a que pode lançar mão para impor de forma antidemocrática os seus interesses particulares contra o Programa Eleitoral do PCP e da CDU, escolhido pela maioria dos Eleitores do Concelho.


B. Ou esse homem não é nada disso, ou não será talvez bem assim, mas cometeu o erro e a imprevidência de se meter com o PCP na Moita, com a direcção política da Câmara Municipal, e com o Presidente da Câmara João Lobo, e zás pás catrapás: levou na cabeça com um Comunicado destes! Livra. Com o PCP, na Moita, quem se mete, leva. Safa! Cuidado!

O tempo dirá se serão muitos mais a pensar de um modo, ou de outro.

Ou dirá ainda o tempo que há-de vir se serão antes mais numerosos aqueles que pensarão diferente.
Assim, ou pouco mais ou menos assim, cada um com sua forma própria de pensar:


O PCP na Moita tem um primeiro problema.

Um problema de liderança, ou de falta dela.
Deixou-se acorrentar de um modo agachado debaixo do governo local, da Câmara Municipal e do seu Presidente João Lobo.

Se esse governo fosse um bom governo, isso seria gravíssimo, pois teríamos um partido que gosta de se afirmar ‘de vanguarda’ transformado num objecto inerte a reboque de outrem.

Como muitos afirmam que na Moita se podem descortinar as piores práticas de governação, o mais generalizado e sistemático desrespeito das Leis e a amálgama mais pastosa entre interesses públicos e privados, com muito amanhanço pessoal de permeio, aí a coisa não é gravíssima.

Torna-se trágica.

O PCP na Moita, por causa desse primeiro problema, tem um segundo problema.

É um problema de identidade. Dir-se-ia, de identidade mutante ou travestida.
Sempre o PCP foi em Portugal conhecido como amigo e defensor dos trabalhadores, dos mais fracos, dos deserdados, dos pequenos agricultores, das vítimas da opressão, dos espoliados e injustiçados da sociedade.

Como defensor das leis em democracia, da ética na vida pública, da transparência no relacionamento entre o Aparelho de Estado, e os seus titulares, com a vida e os negócios privados.

Como arauto de todos os que isoladamente não conseguem fazer-se ouvir na defesa dos seus direitos subjectivos e aspirações legítimas, e que só unidos e intervenientes conseguem ombrear com as grandes forças do poder e do dinheiro.

Ora acontece que, por via do primeiro problema acima descrito, o PCP na Moita se vê na contingência de dar todo o dito por não dito, e de defender entre nós exactamente o contrário do que nos habituou no passado a vê-lo defender, a dizer e propagandear o contrário do que defende por exemplo em Lisboa aqui tão perto, ou em Armamar lá tão distante.

E este é de facto um grande problema.

Se andar a reboque já é uma tristeza, fazê-lo no encalço das piores práticas de governação e dos piores e mais complicados desrespeitos da Lei e da ética, para mais sendo-se um partido da liberdade e dos trabalhadores, aí a coisa vira lastimável.

Para poupar espaço, e sobretudo para o caso de se perderem os links deste texto numa qualquer sua reprodução noutros espaços, espaços solidários nomeadamente, convido quem me lê a visitar o google em http://www.google.pt/ e a escrever na barra de pesquisa o seguinte:

Moita um por todos

Fazendo ‘enter’, surgirão ligações para o Blogue Um por todos, todos por um.

Por favor, clique-se e abra-se esse Blogue.

Aí, ao alto e à direita, surgem 2 links ou ligações importantes:
Movimento Cívico Várzea da Moita
e
Alhos Vedros ao Poder

Para além de muitos outros, igualmente merecedores de serem visitados, bem como mais abaixo os Arquivos de Um por todos, todos por um.

Quem quiser saber mais sobre o Munícipio da Moita e sobre todas estas questões, por favor faça como digo.

Leia, medite e crie uma opinião própria.

Mais sinteticamente ainda, pode visitar:
Passa quase 400 hectares de Solo Rural em REN e em RAN para novo Solo Urbano sem REN e sem RAN, com novas zonas urbanizáveis para mais e mais Fogos
e
Reunião Pública da Câmara Municipal da Moita de 9 de Julho ’07, a Lei foi grosseira e ostensivamente desrespeitada.

Finalmente, para poder desculpar-se da verificação dos problemas 1 e 2, o PCP na Moita tem um terceiro problema.

É um problema de liberdade, e de difícil convívio com a cidadania das Mulheres e dos Homens que ousam viver livres, por vezes coincidindo com o PCP, outras vezes divergindo.

E este é para muitos o mais grave de todos os problemas.

O PCP na Moita mostra que convive bem com a amputação de Solo Rural em REN e RAN, para a sua transformação à trouxe mouxe em novo Solo Urbano sem REN e sem RAN, e sem lei que o permita.

Convive bem com os negócios ao arrepio da Lei onde essas estrangeirinhas foram cozinhadas em espaço fechado entre a direcção política da Câmara e meia dúzia de grandes especuladores fundiários.

Convive bem com pagamentos de favor do tipo milionário, entre os grandes clientes da Câmara e os seus braços direitos mais chegados.

Convive bem com o autoritarismo do Presidente da Câmara de 29 Agosto ’05 em que se negou a falar com o povo, de 23 Outubro ’06 onde fugiu de uma Sessão pública por si convocada, e de 9 Julho ’07 quando cortou ilegalmente a voz aos Munícipes.

Mas o PCP na Moita convive mal com a Oposição, a quem não responde nem respeita, e convive pessimamente com os Cidadãos, quando mobilizados e conscientes ao detalhe milimétrico dos seus direitos e das falcatruas e abusos de que são vítimas.

E porque convive mal, não argumenta, não discute, não se defende.

E devia.

E será mesmo recebido de braços abertos, sem ressentimentos, quando tiver coragem para debater. Por exemplo agora, já mesmo, basta marcar a Sessão pública e convidar-nos, ou no mais tardar a 20 Out '07 na Moita, para o que será dentro de dias convidado.

Em vez disso, o PCP na Moita, coitado, encolhe-se.

Sem grande dificuldade, pois o seu modo natural entre nós é agachado.
Politicamente agachado diante dos fortes, embora, seja dito em abono da verdade, em geral arrogante e poderoso junto dos fracos.

Mas agachado mesmo assim uma boa parte do tempo.

Ora, com o seu Comunicado, o PCP local apenas visa ofender um cidadão.

Não procura contestar nem ideias ou opções de governação, nem argumentos de respeito ou desrespeito da Lei e do interesse público, assentes em factos reais.

Apenas procura isolar, para melhor atacar e ofender. Objectivo: de certo modo, pelo menos, o objectivo é claro, é abater.

Esquecendo-se que quem profere a ofensa, começa sempre por sujar a língua, mas nem sempre acerta no alvo.

Nota final:
Bem abençoado o 25 de Abril de 1974 e o regime de liberdades e garantias em que vivemos.

Não sei, não sei … como seria tudo isto, se políticos menores tivessem um poder maior.

1 comentário:

AC disse...

Se a vossa luta é justa, far-se-á justiça. Mais tarde ou mais cedo, o azeite virá ao de cima. Se o PDM está viciado, os mesmos aparecerão. Se essa gente está a cometer os atropelos habituais nestes negócios que envolvem autarquias e patos-bravos, a PJ há-de lá chegar. Em ultima análise, os cidadãos da Moita, terão de usar o voto de outra forma em próxima eleição. Branco, porque a merda é a mesma por todo o lado.
Cpts.

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Neste espaço surgirão artigos e notícias de fundo, pautadas por um propósito: o respeito pela Lei, a luta contra a escuridão. O âmbito e as preocupações serão globais. A intervenção pretende ser local. Por isso, muito se dirá sobre outras partes, outros problemas e preocupações. Contudo, parte mais significativa dos temas terá muito a ver com a Moita, e a vida pública nesta terra. A razão é uma: a origem deste Blog prende-se com a resistência das gentes da Várzea da Moita contra os desmandos do Projecto de Revisão do PDM e contra as tropelias do Processo da sua Revisão, de 1996 até ao presente (2008...) Para nos contactar, escreva para varzeamoita@gmail.com