quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Nenhuma das notícias publicadas nos meios de comunicação social foi contestada ou se avançou para algum processo contra os jornais que publicaram ...

Quinta-feira, Agosto 23, 2007

RESISTÊNCIA CIVIL in Blogue A-Sul, Blogue Ambientalista da Margem Sul



O titulo
"Resistência Civil" não é meu, é de um post do Prof. Vital Moreira em que analisa o caso do grupelho Eco-Eufémico que resolveu ser notícia este Verão destruindo, com a "simpatia" de Miguel Portas, Eurodeputado, uma cultura de milho supostamente "trangénico", não de uma multinacional, não de um latifundio... mas de um pobre proprietário que muito "democráticamente" estariam prontos a apoiar (vá-se lá saber como) caso o dito agricultor resolvesse optar pela "agricultura biológica".

Acções "ecológicas" desta , são idênticas à existência de um partido dito Verde e com representação parlamentar, e estão para a ecologia como uma marreta de 25 quilos está para a relojoaria fina, são perfeitamente desnecessárias e contrárias ao movimento ecológico, e se calhar é por isso mesmo que existem...(Ver "Foi assim" de Zita Seabra)

Gostaria de aproveitar o títudo do Prof. Vital Moreira para extrapolar de Resistência Civil, para Resistência Cívica e do Algarve para estas bandas. A acção deste grupo "ecologista" Eufémio (não quereriam dizer Efémero?) está para o combate aos trangénicos no Algarve, como alguns membros do PCP, alguns eleitos, outros funcionários, outros funcionários e eleitos, estão na Margem Sul, comodamente enfrentando e afrontando, não os verdadeiros poderes estruturados a contestar (as multinacionais, os grandes grupos económicos) mas os cidadãos comuns, singulares , indefesos perante a chusma covarde do grupo.

Na Margem Sul, destaco em trinta anos de poder "incontestado", duas situações exemplares de contestação, de Resistência Civica ou Civil para utilizar o Titulo do Prof. Vital Moreira. Ambas foram orientadas para quem não deveria (os eleitos autárquicos) e digo, não deveria porque estes (eleitos) não era suposto estar ao serviço de grupos de interesse, mas sim serem a guarda do bem comum, e falo de um bem comum que não tem preço, mais do que o bem finito que é a Terra, estava (está) em causa o valor acrescentado que é para a lém do espaço fisico, o valor bio-fisico instalado nesse espaço.

As duas situações exemplares aconteceram , uma, no Seixal, em Pinhal dos Frades, com o Grupo de Residentes a opôr-se à destruição de uma zona protegida no PDM e que os autarcas eleitos tomaram como espaço a abater para servir interesses imobiliários, oportunamente denunciados, provada toda a teia de interesses, conluios, ilegalidades (até em sede de consulta pública) da qual os autarcas mostraram ser parte interessada e não fiel depositários de um bem comum a proteger conforme a letra do PDM assim define.

Outra aconteceu na Moita com o caso recente das alterações em sede de revisão do Plano Director Municipal, com deslocalizações de zonas de Reserva Agricola e Ecológica a bel prazer de interesses de uns e prejudicando descricionáriamente outros ...

Em ambos os casos temos situações que se prendem com "gestão territorial" , em ambos os casos perde o ambiente, perde o bem comum, perde inclusivamente o Estado, porque há enriquecimentos ilicitos que normalmente não são declarados ao fisco, que passam por off-shores, que passam por falsas declarações dos valores envolvidos (situação provada e documentada no caso da Flor-da-Mata / Pinhal dos Frades).

E o que ganharam os cidadãos, o que tem ganho a "Resistência Civil" (continuo a gostar mais de Civica) ? Bom, no caso da Várzea da Moita, a estratégia agora é de individualizar a liderança e de atacar pessoalmente (covardemente) os cidadãos envolvidos que se expuseram (logo, não anónimos), criaram até um blogue que unicamente tem esse fim.

No caso do Pinhal dos Frades, passaram as ameaças fisicas na altura das reuniões dos eleitos com a população, passaram as coacções dos caceteiros de serviço, mas passados quase dez anos, os incotornáveis infiltrados subiram na estrutura, os outros, para além do desgaste, provaram algumas (normais ?) amarguras da vida, dois viram os filhos serem atropelados, outros viram os filhos serem incompreensivelmente discriminados nas escolas, outros viram os filhos serem excluídos das escolas da sua residência e afastados para bem mais longe, outros viram arder o terreno em volta das suas casas ou a oficina onde trabalhavam, outros foram convidados a remeterem-se, institucionalmente ao silêncio por um par de diligentes inspectores. Todos viram o seu nome tentar ser enlameado na comunidade . Embora na altura não houvesse ainda blogues , havia muitos Antónios nos Telhados...

Nenhuma das notícias publicadas nos meios de comunicação social foi contestada ou se avançou para algum processo contra os jornais que publicaram os acontecimentos denunciados pelos blogues ou pelos cidadãos . Só estes foram considerados mentirosos e caluniosos.

Por tudo isto, o que aquele grupelho fez em Sives a um agricultor é tudo menos Resistência Civil, tudo o que aquele grupelho fez está ao nivel do que os centuriões do poder e bons costumes fazem na Margem Sul, na chusma do grupo que os protege, têm a "coragem" de atacar isoladamente o individuo ignorando (porque os alimenta) a teia mafiosa dos grandes interesses instalados.

Por tudo isto sou capaz de trocar a minha preferência na Resistência Civica pela Resistência Civil sugerida pelo Professor Vital Moreira, é que Civismo não é uma linguagem inteligível na Margem Sul e é preciso um BASTA!
posted by Ponto Verde at Quinta-feira, Agosto 23, 2007 1 comments

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Neste espaço surgirão artigos e notícias de fundo, pautadas por um propósito: o respeito pela Lei, a luta contra a escuridão. O âmbito e as preocupações serão globais. A intervenção pretende ser local. Por isso, muito se dirá sobre outras partes, outros problemas e preocupações. Contudo, parte mais significativa dos temas terá muito a ver com a Moita, e a vida pública nesta terra. A razão é uma: a origem deste Blog prende-se com a resistência das gentes da Várzea da Moita contra os desmandos do Projecto de Revisão do PDM e contra as tropelias do Processo da sua Revisão, de 1996 até ao presente (2008...) Para nos contactar, escreva para varzeamoita@gmail.com