domingo, 3 de agosto de 2008

As ideias do Presidente da CCDR-LVT para o novo PROTAML denotam aparente choque frontal com traves mestras do Projecto de PDM da C.M. Moita


Plano da AML quer evitar repetir erros na margem sul

In Jornal Setúbal na Rede

O plano de ordenamento da Área Metropolitana de Lisboa vai centrar-se na margem sul do Tejo, para onde se antevêem os grandes desenvolvimentos urbanísticos dos próximos anos, “para evitar os erros do passado”, afirma Fonseca Ferreira, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT). A mudança da localização do novo aeroporto de Lisboa obrigou a rever o Plano de Ordenamento do Território da Área Metropolitana de Lisboa (PROTAML), que deve estar pronto em meados de 2009, e que “pretende inverter a lógica de urbanização dispersa que tem dominado o país”.

“A margem sul vai ser mais solicitada para urbanizar e é ambientalmente mais sensível e mais valiosa do que a margem norte”, por isso, “o grande desafio é saber se desta vez se vai conseguir fazer diferente", afirmou Fonseca Ferreira em entrevista à agência Lusa. Um dos principais desafios que aponta é a Península de Setúbal, "um dos sistemas ambientais mais valiosos que o país tem" e que se trata de um território que será grandemente afectado pela construção do novo aeroporto.

Fonseca Ferreira assegura que o PROTAML vai adoptar medidas no sentido de reforçar as áreas protegidas e "polarizar as novas actividades económicas e a habitação nos aglomerados existentes, com excepção da área do próprio aeroporto e da nova frente de urbanização em Alcochete, para evitar a abertura de novas frentes urbanísticas". Quanto à zona do Poceirão, "uma área que vai crescer" e onde se localizarão a maior plataforma logística do país e uma estação da rede de alta velocidade, Fonseca Ferreira, considera que é necessário "encontrar uma forma de urbanizar o mais polarizado possível".

"Tem que se recentrar o povoamento e dizer não à povoação dispersa", defende o responsável, adiantando que o estuário do Tejo vai assumir mais protagonismo. "O objectivo é a cidade das duas margens”, pelo que, estando a margem norte “já suficientemente urbanizada, é preciso relançar arco ribeirinho da margem sul em termos de actividades económicas e onde é preferível desenvolver o povoamento em torno dos aglomerados existentes".

Considerando que "falta ao país uma consciência do urbanismo", Fonseca Ferreira sublinha que "é altura de assentar no sistema que existe, que tem de ser adaptado e respeitado, senão nunca haverá ordenamento" e esse "é o grande desafio da revisão do PROTAML”, em que se vai verificar se é possível fazer “uma revisão que se adapta às novas realidades ou não", conclui.

Lusa - 01-08-2008 13:24

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