terça-feira, 5 de junho de 2007

Esclareceu que se referem a "obras municipais", adiantando que os investigadores "levaram alguns documentos da tesouraria".











Valentim Loureiro desvaloriza buscas da PJ na Câmara

O presidente da Câmara de Gondomar critica o aparato das quatro equipas da Polícia Judiciária (PJ), que estiveram hoje nos Paços do Concelho numa investigação ao sector informático da autarquia e ao gabinete de apoio à presidência.

Em conferência de imprensa, Valentim Loureiro afirmou que “não gostou da visita da Judiciária” às instalações da Câmara. De acordo com o presidente, a ida das quatro brigadas, com nove elementos, “criou na Câmara um burburinho entre o pessoal e aquilo que poderia ter sido feito de forma discreta, tornou-se público”.

Nas declarações aos jornalistas, Valentim Loureiro admitiu que "uma das certidões" que deu origem às buscas hoje realizadas "tem a ver" com o processo Apito Dourado, mas não adiantou mais pormenores.

Quanto aos restantes inquéritos, esclareceu que se referem a "obras municipais", adiantando que os investigadores "levaram alguns documentos da tesouraria".

Outros processos em investigação estão relacionados com a construção de um parque de estacionamento no Largo Luís de Camões, o alojamento de uma família em habitação social e um plano de urbanização, que o presidente da Câmara não especificou.

Outro dos alvos dos investigadores é um processo relativo à utilização de uma fotocopiadora, que o advogado de Valentim Loureiro colocou no Tribunal de Gondomar para poder ter acesso aos documentos relativos ao processo Apito Dourado.

Segundo explicou o autarca, esse acesso era dificultado pelo facto de o tribunal não possuir fotocopiadora, o que foi ultrapassado com a disponibilização daquele equipamento, que pode também ser utilizado pelos restantes advogados envolvidos naquele processo.

Valentim Loureiro revelou ainda que os investigadores também lhe solicitaram um registo dos movimentos da viatura do presidente da autarquia, que não entregou "porque não existe", e fizeram uma busca ao sistema informático da autarquia, mas “não encontraram nada, porque não havia nada para encontrar”.

RR

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