Natural de Boliqueime, Loulé, fixou-se em Alhos Vedros em 1943. Aos 12 anos já era sócio da VELHINHA.
Em 1950, como secretário da Direcção, inicia uma longa carreira ao serviço do Associativismo, da Cultura, do Desporto e da sua grande paixão, Alhos Vedros.
Durante largos anos, pertenceu também à Comissão de Festas de Alhos Vedros (de 1958 a 1969), aoo CRI, ao conselho de Arbitragem da Associação de Futebol de Setúbal e à Associação de Ginástica de Setúbal.
Mas foi ao serviço da SFRUA “A VELHINHA” que mais tempo dedicou a esta terra.
Aqui exerceu diversos cargos. Ao longo de mais de 60 anos, foi secretário, tesoureiro, presidente do conselho fiscal, e presidente da Direcção.
- Pertenceu à comissão de obras do Pavilhão gimnodesportivo de 1969 a 1973, tendo inclusivé sido chamado em 1980 a dirigir a comissão de fundos destinada a saldar a dívida contraída para pagamento das respectivas obras;
- É inaugurado o Pavilhão Gimnodesportivo num dos seus mandatos como Presidente da Direcção;
- Em 1974, num dos seus mandatos é iniciada a secção de Ginástica;
- Foi num dos seus mandatos como Presidente da Direcção, que se iniciou o Carnaval de Alhos Vedros;
- Foi também um dos fundadores de um rancho folclórico e de um grupo de teatro, ambos sob a orientação de Joaquim Afonso Madeira.
Contudo, a tarefa que mais o orgulhou foi a conclusão das obras da ampliação da sede social, onde, em 1993 recebeu as visitas do Primeiro Ministro Dr. Aníbal Cavaco Silva e do Presidente da República, Dr. Mário Soares, que condecorou a “VELHINHA” com a Ordem de Mérito.
Pena que a placa de mármore que lembrava o acontecimento solene, tenha sido retirada das paredes da Sede.
Ao longo de muitos anos, tive o privilégio de com ele trabalhar na SFRUA.Exercia uma autoridade moral, dando a todos uma grande margem de liberdade e iniciativa individual. Bom mestre.
Inclusivé sucedi-lhe no cargo de Presidente da Direcção.
Em Julho de 2003 a Assembleia Geral da SFRUA dedicou-lhe a sua sessão solene de aniversário.
Desde esta data, perante as minhas insistências em sessões de Câmara, de que o Município deve promover o seu reconhecimento público, obtive sempre a resposta de “não ser oportuno”.
Ainda este ano, em 11 de Julho, tal aconteceu.
Que pena.
Homenagear e reconhecer o mérito daqueles que durante anos e anos, voluntariamente, ofereceram o seu trabalho em favor dos outros é e será sempre oportuno.
É da mais elementar justiça.
Os meus sentidos pesâmes à esposa, filha, genro e neto.
Vitor Cabral
Vereador do Partido Socialista
posted by VC at 7:19 PM
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