sábado, 4 de agosto de 2007

Jornal Margem Sul escreve sobre o Mercado da Verderena. Ver tb. a proposta de alternativa como Mercado de Rua Marquês de Pombal


Escreve o Margem Sul na sua Edição on-line e na sua edição em papel (Sexta 3 Ago '07), num trabalho de informação e isenção tão importante:

Ver tb. a proposta de alternativa como Mercado de Rua Marquês de Pombal


O fim anunciado do mercado bissemanal da Verderena foi adiado para o próximo mês de Setembro, na sequência de um acordo obtido entre José Mota, advogado e representante dos vendedores, a Câmara do Barreiro e o Futebol Clube Barreirense, actual proprietário do terreno onde se realiza a feira, que agora reclama o espaço para assumir outros compromissos.


A solução temporária foi anunciada na terça-feira, em Assembleia Municipal Extraordinária, convocada pelo Partido Socialista e Bloco de Esquerda, sem que as restantes forças políticas fossem consultadas sobre o assunto, facto que desagradou à bancada comunista.


Durante o período de intervenção dos munícipes, foram muitos os vendedores que demonstraram, de forma clara e unânime, a sua indignação pela forma como a autarquia conduziu o processo de encerramento do mercado, sem que tivesse procurado previamente um terreno alternativo para uma nova localização.


“Vivo no Barreiro e é aqui que trabalho há muitos anos. Não nos façam isto e deixem-nos trabalhar porque também temos dívidas para pagar e sem o mercado não sabemos como será a nossa vida”, afirmou José Cabeça, um dos tendeiros.


“Acho injusto que mais de uma centena de tendeiros que ali vendem cessem a sua actividade depois de receberem uma carta da Câmara, que nos deve dar a oportunidade de trabalharmos noutro local. Pago os meus impostos e sem a venda cortam-nos as pernas”, lamentou.


O advogado dos vendedores acredita que até ao final de Setembro será encontrada uma solução, que cabe à autarquia.


“A Câmara diz não haver espaços, mas mais grave é que diz não a quaisquer alternativas que foram já apresentadas”, disse.


O deputado do PS, António Sardinha, avançou com três hipóteses de localização a serem estudadas pela CMB: O Largo de N.ª Sra. do Rosário; a zona da escavadeira junto à Escola Mendonça Furtado ou nos terrenos do Fabril.


Entretanto, Manuel Lopes, presidente do Barreirense, já fez saber que “no final de Setembro existem projectos previstos para aquele terreno, que dificilmente poderão ser adiados”.


PARTIDOS REAGEM

A Concelhia do Barreiro da Juventude Popular considera “preocupante e lamentável” que o executivo camarário não tenha ainda encontrado uma solução para uma nova localização do mercado de venda ambulante.

“É urgente encontrar um espaço para a continuação do mercado”, afirmam em comunicado.


A socialista Madalena Alves Pereira recordou que, em apenas dois dias, foram recolhidas mais de três mil assinaturas, o que, defendeu, “demonstra de forma clara a recusa da população a esta decisão”.


Miguel Amado (PSD) lembrou, neste âmbito, que o vereador do seu partido, Bruno Vitorino, “foi o único que votou contra” a extinção do mercado da Verderena.


O Bloco de Esquerda, pela voz do deputado Humberto Candeias, manifestou a sua insatisfação pela decisão e esclareceu que a solução de encontrar uma nova localização “é da responsabilidade da Câmara Municipal”.


Por sua vez, Rui Ferrugem (CDU) considerou muitos dos argumentos apresentados como “confusos”, mas frisou que “nunca foi dito que não poderia haver um mercado noutro espaço”.


O que é necessário, explicou, é “aprofundar a discussão”.


No final, os vendedores foram para casa com poucas respostas, com excepção da aprovação de três recomendações, onde é defendida a procura de uma solução para o problema.


LuÍs Geirinhas

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