A história gira e cheia de lições de Coragem, o Cão Cobarde, e a sua superioridade moral face aos defensores do estado a que isto chegou na Moita
Courage the Cowardly Dog
ou
Coragem, o Cão Cobarde
O nosso Coragem, o Cão Cobarde é um desenho para televisão sobre um cachorro e seus donos, Muriel e Eustácio, que vivem numa cidade deserta chamada "Lugar Nenhum" que atrai variados monstros bizarros.
Personagens
CORAGEM
Coragem é um cachorrinho com manchas no dorso que vive tenso, apavorado e desconfiado de qualquer coisa que saia do comum.
Porém, quando as forças sobrenaturais alcançam seus esconderijos, Coragem abandona o seu comportamento nervoso e demonstra ser intrépido sem temer por si para proteger aqueles que ama.
Seus olhos saltam, sua mandíbula cai e o medo induz uma hiperactividade que permite ao Coragem superar seus misteriosos adversários e assim ele pode retornar, novamente, ao colo quente e confortável de Muriel e à indiferença rabugenta de Eustácio.
EUSTÁCIO
Eustácio é um velho resmungão que mora em lugar nenhum com sua mulher Muriel e o seu cachorro Coragem, que apesar do nome não tem nada de corajoso. Eustácio vive numa poltrona vermelha lendo o jornal e vendo televisão, ele também vive assustando e provocando o Coragem.
MURIEL
Esposa de Eustácio, Muriel é uma senhora muito boa e caridosa, sempre disposta a ajudar as pessoas que estão
OS NOSSOS AMOITADOS
Ao contrário de Coragem, o Cão Cobarde, que das fraquezas faz forças nos momentos decisivos, para defender o que para si e para os seus é importante, os Cães Cobardes da Moita são-no nos momentos de acalmia, e revelam-no sobretudo nos momentos de aflição.
Acossados, como reagem?
Farão como Coragem, o Cão Cobarde? Saltarão em frente com arrojo, lisura e determinação?
Não, isso é de cão.
Eles são abaixo disso.
Fogem do confronto. Piram-se a 7 pés de um debate de ideias ou de factos. Escamoteiam os argumentos dos prós e dos contras. Nada disso lhes importa, são águas onde não sabem e têm mesmo pavor de navegar.
O que fazem então?
Inventam que os adversários são imorais. Intelectualmente desonestos. Antidemocráticos. Cínicos. Traidores. Renegados. Doentes mentais. Esquizofrénicos. Homosexuais. Que têm rabos de palha franceses. E porventura de outras nacionalidades. E também do exercício da profissão A e B e C. Et caetera e tal.
Debate de programas, de ideias, de factos, de situações?
Não, nem, nunca, jamais. Nem respondem. Não se fala. Logo, não há. Não existe.
Face a tais atitudes, Coragem, o Cão Cobarde é um herói e um exemplo, que até legitimamente se pode ofender se comparado com as desgraças andantes que por cá temos.
Como cantariam as ovelhitas no início da sua aventura, neste caso há aparentemente motivo para se badalar e com razão o famoso refrão antes da sua desvirtuação: “four legs good, two legs bad”.
Não será todavia de estranhar se os ditos valentes valentões também aqui derem a volta ao texto e o corrigirem manhosamente em sua defesa para: “four legs good, two legs better”.
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