terça-feira, 8 de maio de 2007

Sob pena de um vazio evidentíssimo e um silêncio gritante poderem ser mal entendidos por muitos observadores, incluindo por amigos do PCP.





















A comissão organizadora da Conferência da Moita sobre Política dos Solos, Mais Valias Urbanísticas e Ordenamento do Território compreende e solidariza-se com o PCP, quando o PCP protesta por não ser ouvido ou por outros tentarem calar a voz do PCP, particularmente em Debates ou ‘Fora’ de discussão de elementos de grande actualidade política e ideológica .

Se alguém tentasse calar a voz do PS, do PSD, do CDS-PP, do BE, do MPT, do PEV, do PND ou de outro Partido Político na democracia portuguesa, ou caso se pretendesse deliberadamente não ouvir algum ou alguns desses Partidos, incluindo o PCP, a nossa discordância e protesto face a tal discriminação seria em tudo semelhante.

Entretanto, seja-nos permitido dizer, com um espírito construtivo e ainda com a expectativa de podermos merecer uma qualquer resposta positiva do PCP, que se corre o risco de o PCP ficar calado e nada dizer na Conferência da Moita sobre Política dos Solos, Mais Valias Urbanísticas e Ordenamento do Território, nos próximos dias 18 e 19 de Maio, na Moita.

Na verdade, o tema da “Verdade inconveniente – o interesse de Portugal e dos Portugueses” que estará em debate, em torno de matérias tão importantes como a Política dos Solos, as Mais Valias Urbanísticas e o Ordenamento do Território, é precisamente o que se pode chamar de discussão de elementos de grande actualidade política e ideológica.

E o PCP foi convidado por largas dezenas de convites, porventura centenas de vezes nestes últimos meses vezes sem conto repetidos, educada e cordialmente endereçados ao seu Secretário-geral Jerónimo de Sousa, à Direcção Nacional do PCP, à Direcção Regional de Setúbal, aos Responsáveis da Comissão Concelhia da Moita do PCP, a todos e a cada um dos Deputados do PCP na Assembleia da República e no Parlamento Europeu, ao eleito do PCP que ocupa a cadeira de Presidente da Câmara Municipal da Moita, ao respectivo Vice-presidente, aos restantes 3 Vereadores PCP na mesma Câmara, ao Presidente da Assembleia Municipal da Moita, aos Presidentes de Junta de Freguesia nomeadamente da Moita e de Alhos Vedros, a cada um dos Presidentes de Câmara da Península de Setúbal, nomeadamente aos que são Militantes do PCP e/ou Eleitos em Listas CDU.

E que resposta tivemos, até ao momento?

Zero, ou quase zero. Mas em substância, zero, três vezes zero.

Salvo o Presidente da Câmara de Sesimbra, que confundiu lastimavelmente um tema nacional com uma questão local, o Senhor Deputado Miguel Tiago, que nos manifestou o seu interesse em conhecer as conclusões da Conferência, ou os Deputados ao Parlamento Europeu Pedro Guerreiro e Ilda Figueiredo, que nos disseram estar ocupados e não poder vir, ponto final, nenhuma outra resposta até hoje merecemos da parte do PCP ou da área de pensamento e intervenção que se possa dizer representar o PCP.

Ao ponto de com verdade podermos dizer que, se o PCP não emendar a mão daqui até ao 18 e 19 Maio ’07, sentiremos na Conferência um vazio nas participações confirmadas, nomeadamente da área de pensamento e acção política representativa do Partido Comunista Português, ou próxima do PCP.

E isso é uma pena muito grande, tanto mais que a nossa iniciativa é séria e de interesse nacional, apesar da modéstia dos seus meios e da moderação razoável do objectivo que pretendemos alcançar.

Esta reflexão não é pouco importante.

Como se poderá ver nos nossos Jornais da Conferência, mais sintético aqui, de modo mais extenso ali, contaremos com numerosas Cidadãs e Cidadãos sem grandes responsabilidades públicas, mas com uma vida e uma participação cívicas empenhadas, e também com Investigadores e Professores Universitários de Universidades do Porto, Aveiro, Coimbra e Lisboa.

Já confirmaram igualmente a sua participação Deputados e Dirigentes nacionais do Partido Socialista, do Partido Social-democrata, do Bloco de Esquerda, do CDS - Partido Popular, do Movimento – Partido da Terra e do Partido da Nova Democracia.

Também personalidades de reconhecido mérito e representantes de Organizações Profissionais e de Órgãos de Estado já asseguram a sua participação ou representação.

Associações Ambientalistas de grande notoriedade em Portugal apoiam a iniciativa.

Organizações de Cidadãos de diversos pontos do nosso País, e também de Espanha, já estão a saudar a importância e a oportunidade da iniciativa.

Ora, se Representantes do PCP ou Personalidades próximas do PCP não participarem, isso será efectiva e irrecusavelmente uma pena, que muito lastimaremos.

Note-se que por participação, face a dificuldades de Agenda perfeitamente normais numa ou noutra pessoa, mas não em todas com certeza, admitimos como muito interessante por exemplo a modalidade de saudação ou mensagem escrita, que divulgaremos naturalmente com a maior dignidade e relevo, antes e durante o evento.

Mas qualquer coisa, com substância, deveria ou deverá surgir da área relevantíssima da sociedade portuguesa que o PCP corporiza.

Sob pena de um vazio evidentíssimo e um silêncio gritante poderem ser mal entendidos por muitos observadores, incluindo por amigos do PCP.

Sob pena de o PCP poder surgir aos olhos de muitos observadores isentos como estando sentado ao lado e sendo solidário com o que de mais negativo na nossa terra se pratica em termos de errada política de solos, de indecente apropriação de mais-valias urbanísticas e de irresponsável desordenamento do território do nosso Concelho, nomeadamente.

E sob pena, sobretudo isso, de o PCP ficar calado e nada afinal dizer sobre matérias tão relevantes como estas, numa iniciativa séria e isenta de Cidadãos voluntariosos de exercerem cidadania, aqui, agora, sobre assuntos cruciais para Portugal e para os Portugueses.

Se isso acontecer, alguém terá calado a voz do PCP na importante discussão na Conferência da Moita sobre Política dos Solos.

Quem?

O próprio PCP.

Porquê?

Porventura por julgar erroneamente que a nossa crítica cidadã às más práticas de governação local, indignas do PCP, são críticas ao PCP.

Errado.

Não são.

Quem aqui na Moita afunda o PCP e faz corar de vergonha os verdadeiros amigos do PCP, ou tão só as pessoas com 2 dedos de testa e vergonha na cara, são uns indivíduos que usam camisola da cor e emblema na lapela à maneira dos deserdados, mas de facto exercem o poder debaixo das ordens e ao serviço de 5 ou 6 grandes especuladores fundiários, e sua corte de certo tipo de autarcas, assessores, funcionários e ‘yesmen’ à sua roda, na babugem.

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