Quinta-feira, Julho 12, 2007
À PAULADA na Câmara... também é recurso
A já longa sucessão de procedimentos institucionais relativos a todo o processo PDM, sobre os quais paira, senão a corrupção, bastantes factos que determinaram a recente intervenção do IGAT e as buscas efectuadas pela P. Judiciária ao Município da Moita, - traduzem a existência de um perigoso sindroma que está a afectar a confiança de todos aqueles que se mobilizaram para eleger a actual composição da Câmara e A.Municipal, nomeadamente pelos eleitos que compôem a actual maioria.
Os tais procedimentos institucionais concerteza que resultaram de uma avaliação multidisplinar que o processo para um PDM obriga, correspondendo a decisões politicas em que o interesse público se deveria considerar salvaguardado - é exactamente aqui "que a porca torce o rabo".
Como se não bastasse tudo o que até agora já aconteceu, dito escrito e demonstrado, os eleitos da CDU na Câmara e A. Municipal acrescem aos duvidosos procedimentos institucionais, atitudes que estão a lesar princípios elementares do funcionamento democrático daqueles orgãos, e, até na sua relação com a população.
O que aconteceu na última Sessão Pública já não é apenas uma decisão ridícula, mas uma decisão politica grave - recorrer a regras regimentais ou legais tão raramente usadas para retirar a voz ao público, longe de corresponder à defesa e eficácia da democracia institucional, pela natureza do assunto em Ordem de Trabalhos, correspondeu a reduzir a uma "cambada de arruaceiros" todos aqueles que lá pretendiam intervir.
"O salão da "Boa Hora" encheu-se de apaniguados, fervorosos defensores do tachismo instalado, garantindo assim conformidade e silêncio à leitura da sentença que o Excelentíssimo Srº Juiz João Lobo, tão bem soube fazer.
Para inverter a lástima instalada, não basta percorrer ruas de bandeiras às costas distribuindo papelinhos sem conteúdo, iludindo o cumprimento da justa tarefa de prestar contas que o Partido por bem determinou, mas a ouvir (e não só a ouvir) a população e nomeadamente aqueles que usam o direito de participação, isto ao invés da ridícula cégada a que reduziram a correta orientação do PCP.
Apelo assim aos militantes comunistas que não deixem que este caso se transforme na fábula de Esopo - em que o Lobo diz e faz o que quer.
Não vos deixeis "comer por parvos". Se necessário recorram à paulada, é que não sendo legal e democrático, é já um recurso legitimo na situação a que se chegou.
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