PDM da Moita:
Várzea e BE discutem projecto em sessão pública
A sede do Bloco de Esquerda da Moita recebeu cerca de 30 pessoas que participaram numa reunião, sobre a revisão do Plano Director Municipal da Moita, no dia 24 de Julho.
A iniciativa teve como objectivo a troca de informações e aprofundamento do Processo de Revisão do PDM da Moita.
Joaquim Raminhos, do Bloco de Esquerda, abriu o debate, afirmando que “respondemos ao pedido do Movimento da Várzea para fazermos um debate sobre a revisão do PDM da Moita e esta nossa sede é uma porta aberta para que se discutam aqui variadíssimos assuntos”.
Dionísio Barata, membro do Movimento de Cidadãos da Várzea da Moita, foi quem começou por falar do polémico tema, dizendo que “se isto for avante acabam com o resto da floresta que há dentro do nosso concelho”.
O cidadão foi mais longe e afirmou que “têm feito tudo às escondidas, nas costas da população”, alegando que só ao fim de uns anos vieram a ter conhecimento das “manobras travadas” entre empresários e o actual presidente da Câmara, João Lobo, ainda na altura em que era vice-presidente da autarquia.
“Vamos continuar a pedir ao Bloco de Esquerda a solidariedade que não tem faltado”, começou por dizer António Ângelo, membro do Movimento de Cidadãos da Várzea.
As críticas à governação da Câmara Municipal da Moita não tardaram, sublinhando António Ângelo que “talvez a Câmara Municipal leve a camisola amarela como o órgão de poder local com a pior governação, com o maior desrespeito das leis”, mas deixou bem assente que “quando falo da Câmara falo na direcção política presidida por João Lobo”, afastando confusões com vereadores ou trabalhadores.
O cidadão afirmou ainda que “o dia 16 de Março de 2004 foi o dia do ‘roubo’ dos 400 hectares de solo rural de REN e de RAN, o que foi servido às pessoas em 2005 foram as aparas, foram os restos”, fazendo ainda referência, ironicamente, a uma propriedade no Penteado que por “lapso, engano”, ficou em reserva ecológica.
“Foi uma gaita”, disse.
A reunião do dia 9 de Julho também foi abordada por António Ângelo, em que realçou que “deve ser declarada nula e sem nenhum efeito”, justificando que desrespeitou a lei, quando não deu lugar à intervenção dos munícipes.
Os cidadãos também partilharam as suas opiniões e o debate começou com a intervenção de Staline Rodrigues, morador na Moita e antigo presidente da Comissão Administrativa da Câmara da Moita, dizendo que “isto é assunto da competência da justiça”.
“Estamos perante um homem perigoso”, disse, referindo-se a João Lobo.
Outras opiniões e sugestões foram expostas, e no final a reunião foi considerada positiva, em que os objectivos foram atingidos.
Joaquim Raminhos finalizou marcando a posição do BE nesta matéria ao defender a requalificação dos centros urbanos, a defesa e preservação da zona ribeirinha e a elaboração da ‘carta verde’ do concelho, onde se preservem as matas e os pinhais ainda existentes, acabando por afirmar que o PDM “é um documento que tem que ser chumbado”.
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