Manual Prático para se fazer fortuna choruda e rápida,
à custa do Solo Rural e da actual Reserva Ecológica (REN) na Moita
Como vimos anteriormente na Lição nº 1, o segredo é simples:
O esquema consiste na compra de Solo Rural, porventura classificado como REN (modalidade nova em Portugal a partir do Dec.-Lei 93/90 de 19 de Março, e suas sucessivas alterações), e depois na sua passagem com lei ou fora dela para Solo Urbano (possibilidade regulamentada com precisão pelo Artº 72º, nº3, do Dec.-Lei 310/2003 de 10 Dezembro )
Damos assim hoje continuidade, com esta segunda Lição, ao pequeno Curso Prático sobre a arte de se procurar enganar tudo e todos nesta matéria, com ênfase desta vez sobre o acesso rápido a financiamentos “cash”, àquilo que se denomina “el contado”, numerário pilim, pilim, com base nas manobras à maneira, em torno do PDM e da mudança do uso dos Solos.
Vejamos pois o segredo da coisa, aqui na Moita. Que em princípio, será um segredo afinal aplicável noutros lugares, e que por seu turno, já deve ser plágio importado igualmente de outras paragens.
Nesta, como noutras matérias, já quase não se inventa nada.
Como se compreende, o “cash” é fundamental:
Na verdade, pagar um tostão por uma Propriedade, e esperar que ela venha a valer um milhão, é sempre algo de cansativo e demorado.
Pode a coisa estender-se ao longo de 10 anos, que é o lapso de tempo que já leva a Revisão do PDM na Moita.
Ou mesmo estender-se por 12 anos, e assim ocorrer tudo sempre sob alçada de um mesmo Responsável Autárquico local.
Estes períodos parecem pouco para quem analisa as coisas a partir de fora, mas são uma eternidade para quem está até ao tutano metido na jogada, e não precisa de fortuna para os netos, mas antes sim a busca rapidamente e em grande e à francesa para si próprio.
Para mais, os holofotes iluminam hoje a nossa cidade mais do que alumiavam dantes os pitromaxes as aldeias dos nossos bisavôs.
Quer isso dizer que é cada vez mais difícil e demorado, incerto mesmo, encerrar a contento os dossiers, quando as malfadadas leis do regime democrático obrigam quase tudo a discussões públicas, impõem períodos para reclamações por parte das pessoas, com tramitações para cima e para baixo, enfim, e para mais quando se constata que o povo já não come tudo como dantes, nem se põe tão facilmente a jeito e de costas.
O povo está mais esquisito, e só de discussão pública e enfoque ao milímetro sobre cada linha deste Projecto de Revisão do PDM já lá vão 16 meses.
E nada.
Não há nem sombra de novo PDM, nem vê-lo.
Por isso se compreende que a rápida libertação de “cash flow” se torne assim tão premente e necessária.
Por vezes, esse acesso rápido ao “pilim pilim” pode ser dispensado:
Não há bela sem senão, nem regra sem excepção.
Nós aqui no Concelho da Moita temos bem a prova disso.
Por exemplo, a Propriedade de
Na terra constou que o Comprador era um influente habitante do lugar, pessoa muito bem cotada quer junto de grandes Sociedades de Terraplanagens, quer junto do Executivo Municipal. Ainda hoje os Vizinhos, os Comerciantes de porta aberta, os próprios antigos donos da parcela juram a pés juntos que quem comprou, e quem é o dono actual, é essa tal pessoa muito influente.
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