Blogue Notícias da Aldeia defende a sua terra (Canelas, já por muitos de nós conhecida e estimada) contra as agressões ambientais dos que molestam os solos e o ambiente, e contra a inércia e a incúria dos que os deviam defender com empenho e serviço público:
Sobre os resultados da análise às lamas...
Esgotado o interesse da imprensa e o folclore criado em torno da questão, a Câmara Municipal de Estarreja, finalmente, fez chegar na passada Sexta-feira à Assembleia de Freguesia de Canelas, por carta datada de 29 de Junho, - a distância é longa - cópia dos resultados das análises às lamas, encomendados pela CCDRC e, realizados pelos laboratórios da Agência Portuguesa do Ambiente.
De momento, nem a Comissão de Acompanhamento aos Ilícitos Ambientais, ou eu mesmo, produziremos qualquer comentário ao documento que nos foi enviado. O mesmo será alvo de análise por entidades competentes para o efeito, após o que, divulgaremos o que aprouver.
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Conhecidas as diligências da CME, conclui-se que acompanhou o assunto – como seria sua obrigação – e produziu 4 ofícios e 3 reuniões. Foi o que entendeu necessário e suficiente. Terá sido o que lhe merecemos. Do meu ponto de vista, uma autarquia não pode, condescender com uma empresa privada que, vem atolar de lixo populações do seu Concelho, transformando terrenos agrícolas em aterros clandestinos, sem que tome medidas de carácter imediato e definitivo, conducentes à supressão do processo e, posterior responsabilização da mesma. Se mais longe não pôde ir, fica o reconhecimento e agradecimento pelo que fez.
Todos compreendemos, desde o início do processo, a incapacidade do Sepna para desenvolver a investigação, a mesma incapacidade na GNR/ETR para vir a Canelas identificar os infractores – tendo sido chamada por duas vezes em ambas disse não ter efectivos – bem como o desinteresse da CCDRC que, mandou a Canelas o referido Eng. Alcatrão, só depois de notificada para tal, pela Secretaria de Estado do Ambiente a quem pedi intervenção – o qual identificou um terreno apenas, entre os muitos que apresentavam milhares de toneladas das referidas lamas – passando a ideia de que o ilícito era diminuto. Nunca a investigação se interessou em perceber quem trouxe a Terra Fértil para Canelas – o que não teria sido difícil ao que se diz na Aldeia – nem os moldes em que esta operação se desenrolou. Ficará por perceber se houve ou não conivência dos proprietários dos terrenos, se estes foram vítimas ou criminosos.
Ficou igualmente claro, a incapacidade de autoridades e entidades pararem, um processo ilícito, desenvolvido à vista de toda a gente e que, apenas o recurso à imprensa logrou o efeito suspensório.
De lamentar igualmente, que apenas na sequência dos requerimentos apresentados pelo Bloco de Esquerda na Assembleia de República, a CCDRC se tenha dignado encontrar “uma solução” para um processo ilícito e criminoso que se arrastou ao longo de dez fastidiosos meses.
Quanto ao teor dos documentos enviados, voltaremos aos mesmos quando oportuno.
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