De onde virá tanta aparente arrogância?
Cheira-me a que algo se passa pelo miolo que sustenta o poder moiteiro que o empurra para coisas incompreensíveis.Depois de anunciar uma sessão pública, especificando que existia uma ordem de trabalhos e o direito de participação do público, eis que essa nota é retirada do site da CMM e na manhã da reunião o shôr presidente aparece em entrevista, voltando a sublinhar que o seu PDm é o seu PDM e que nada há a fazer.
E de caminho, surge a referência ao facto da sessão pública ser à boca fechada para o público.
Não sei (será?) porque isto acontece.
Segurança nas opções e na capacidade de lidar com a situação não parece ser.
Porque se a contestação não é representativa, como se afirma, então deveria mostrar-se confiança na capacidade de a desdizer.
Portanto, só pode ser insegurança e uma insegurança que eu desdobraria em duas vertentes:
- A externa, resulta do facto do poder moiteiro, enquistado, não conseguir qualquer apoio fora da vereação que vota à ordem do chefe, nem sequer chegando a pôr a mão no ar. O shôr Presidente é dono dos votos e toma-os como garantidos, porque os outros estão lá só para fazer lastro e impedir que o shôr presidente suba para a estratosfera, de tanto que tem o ego inchado.
- A interna, porque dentro da força partidária que sustenta o poder moiteiro, o desagrado já não é pouco e não se escusam mesmo os fdp ditos em locais públicos para qualificar quem sabemos. Se as reuniões oficiais decorrem de modo mais ou menos pacífico, isso só acontece graças a uma paz podre que resulta da necessidade de manter uma fachada de unidade, quando o que existe é a tomada de decisões por parte de uma facção.
E quando um Poder opta por calar as possíveis contestações e cercear a liberdade de expressão aos cidadãos, é porque se vai tornando um poder ilegítimo. Nisso, Sócrates e Lobo têm muito em comum.
# posted by AV : 7/09/2007
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