PARÓQUIA DE S. LOURENÇO DE ALHOS VEDROS
Comunicado à População da Barra Cheia
Como já é do conhecimento público, foi elaborado e assinado acordo, através do Tribunal Judicial da Comarca da Moita em que a Câmara Municipal da Moita reconheceu a propriedade do Largo da Capela da Barra Cheia à Fábrica da Igreja Paroquial de Alhos Vedros. Processo em Tribunal que teve origem na pretensão da Câmara, em 2005, de efectuar obras no Largo, sem a concordância da Igreja, dado que as mesmas punham em causa a utilização do Largo.
Em todo o país, às Igrejas ou Capelas está sempre associado um espaço utilizado para actos de culto – os chamados adros. Em 1864, Manuel Gomes Padre Nosso e esposa doaram à Igreja um terreno, com a área de
Os anos foram passando e a dada altura, o que era uma certeza, foi contestado. Então, houve necessidade de recorrer à justiça. As partes interessadas apresentaram-se com os seus advogados a Tribunal. Por sentença judicial e mediante um bom entendimento dos advogados respectivos, foi dito que, de facto, o Largo com a sua Capela, são pertença da Igreja. Se a sentença nos fosse desfavorável, sentiríamos muita pena, mas acataríamos. Respeitaríamos as decisões. É isto que é pedido às outras partes e ao bom povo da Barra Cheia
Diz-se: "o Largo é do povo!" também a Assembleia da República é do "povo", também a Câmara é do "povo", mas há uma entidade a quem pertence. A Câmara, por exemplo, não é do presidente, nem da vereação…O mesmo se pode dizer da Igreja Paroquial (não é do Padre, não é do Bispo, mas é de uma entidade).
Ninguém contesta que a Câmara da Moita feche com um muro e forte portão de ferro o Largo do Mercado Mensal na Moita; tem todo o direito de o fazer, até na altura das festas, quem quiser lá estacionar paga. Isto aconteceu comigo.
Nós não fechamos o Largo da Capela da Barra Cheia com um muro e portões. Demarcou-se a propriedade com uns marcos.
Pôs-se termo á devassa do Largo, para dele não se fazer uso de parque automóvel e de negócios, fim para o qual o Largo não se destina.
As pessoas podem circular à vontade e continuar a utilizar o Largo.
Acham correcto que, para apanhar a sombra, haja pessoas que estacionam os carros em cima da porta da Capela?
Também quero dizer que é muito grave partirem-se marcos!
Aproveitar o largo para fazer ralis no meio de imensa poeira e barulho não está certo.
Aproveitar o Largo para actividade comercial ilegal, como a venda de automóveis sem conhecimento de ninguém, também não está certo…
Quero reafirmar que o Largo e Capela continuam ao serviço da comunidade da Barra Cheia, embora ordenado e com regras, tentando servir o maior número de pessoas e não apenas alguns, existindo espaço para actividades de lazer e espaço reservados a estacionamento. Reafirmo também a nossa vontade de cumprir o acordo celebrado em tribunal, que resultou em sentença, no que diz respeito ao entendimento com a Câmara Municipal da Moita no arranjo do Largo. Estamos disponíveis para dialogar e concordar com a elaboração de um projecto de melhoramento do Largo, que sirva a Capela e toda a Comunidade e que essa oportunidade surja em breve.
Contudo há duas pessoas em todo o processo que quero destacar e agradecer:
A primeira é o Senhor Doutor Sargaço Loureiro, conhecido e amigo de há muitos anos, que gratuitamente e como advogado, estudou o caso e se propôs a defendê-lo. Os antepassados e actuais habitantes destas terras da Barra Cheia devem sentir-se agradecidos por este facto e a este Homem.
O segundo é o Fernando Miguel. Aqui nasceu, aqui cresceu e, concorde-se ou não, eu reconheço que muito tem feito por esta terra. Há alguém por aqui que tivesse levado tão longe o nome da Barra Cheia, Alhos Vedros e da Moita? Por Portugal inteiro, Espanha e muitos países da Europa, eu sei lá… através do Rancho. Fez vir até esta terra da Barra Cheia, grupos de Espanha, Itália, Turquia, Brasil, Argentina e outros Países de diversos continentes, que nos entusiasmaram com suas danças, por vezes exóticas, mas de uma rara beleza; a organização das festas anuais…. Depois obras e mais obras: na Capela, no Centro Sócio Cultural, a sala funerária; a nova sede do Rancho, bem como a pesquisa de documentos antigos que a este lugar e à Capela dizem respeito.
Se não temos capacidades para fazer o que alguns fazem, pelo menos, reconheçamos com estima o seu trabalho.
Estamos a preparar uma pequena festa para os dias 10-11 e 12 de Outubro. Vamos de mãos unidas colaborar e continuar a tradição das gentes da Barra Cheia.
Com as minhas saudações, subscrevo-me com amizade.
Alhos Vedros, 26/09/2008
O Prior da Freguesia
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(Padre Carlos Alves)
3 comentários:
Isto que estão a dizer é tudo mentira, aldrabões!!!
Então têm o largo fechado a correntes? Palhaços!!!!
Voçes deveriam arrancar aquela palhaçada que lá fizeram a bem, porque se não aquilo vai ser tudo arrancado a mal, portanto voçês acordem para não haver chatices.
Deveriam ler melhor o papel da Doação , porque o que lá diz é que " É Doado uma porção de terreno para ser construida uma Ermida" , não foi o terreno todo como voçês querem crer
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