Na Moita, está tudos às avessas.
Era como se se imaginasse um grupo de escravas do Senhor com generosos decotes e de mini-saias escaldantes, apesar de trazerem um grande crucifixo nas mamas
Com efeito, o Movimento Cívico Várzea da Moita tem recorrentemente manifestado a sua tristeza e a sua indignação pelo rumo local escolhido pelo PCP, bem como pelo papel aqui desempenhado na Moita pelos seus dirigentes e eleitos à testa da Câmara Municipal, sem nunca esquecer que nada move os Cidadãos contra o PCP, apenas contra a má política desenvolvida à pala do PCP.
No seguimento da pergunta:
Do lado das aspirações e interesses da Mulher idosa?
Ou do lado do grande Cidadão?
Impõe-se uma nova reflexão...
Será justo falar-se de inferioridade moral dos Comunistas? Ou de superioridade?
Depende.
Depende do que fazem e dizem em cada caso concreto os Comunistas.
E o mesmo se aplica a todos os outros também.
Existe uma incontornável inferioridade moral dos comunistas bem como de quaisquer outros militantes partidários quando não pensam, não reflectem, não ajuízam, e antes pelo contrário só actuam por “outputs” telecomandados de direcções políticas de maus governos locais, regionais ou nacionais.
Um exemplo flagrante e actual reside na Moita.
Este é um Município onde
Por isso, e naturalmente, o Presidente da Câmara Municipal e mais quatro Vereadores são eleitos com o emblema do PCP ao peito, sendo que assim o PCP tem 5 votos no Executivo, contra 4 da Oposição (PS 2, PSD 1 e BE 1).
Até aqui, tudo normal.
Mau, muito mau mesmo, é quando o Partido Comunista local, em vez de conduzir politicamente uma vida e actividade autónomas, nomeadamente entre ciclos eleitorais, se deixa ao invés completamente capturar pela direcção política da Câmara Municipal, e pelo seu Presidente João Manuel de Jesus Lobo.
Isso leva a que o PCP local viva acorrentado, agachado, dependente do governo do Município.
Para um Partido que gosta de se apelidar de partido de vanguarda, é deveras complicado.
Mas…se o governo local servisse os interesses da maioria dos Munícipes e cumprisse com o Programa e o legado cultural, histórico e de luta do PCP, a coisa não seria muito grave.
Seria mesmo assim grave, pois ter uma parelha de muares a reboque de uma carroça, é algo de estranho e complicado.
Salvo seja e sem ofensa, só vale a comparação como variante à tradicional referência do tipo “carro à frente dos bois”, que ninguém nunca leva a mal.
Aqui só se desejou inovar, trocando os bois por muares.
Mas se o caminho seguido for mesmo assim o caminho predefinido, enfim, por um tempo a coisa ainda parece funcionar. Atrapalhados, aleijando-se, aos abanões, lá seguem contudo os muares atrás da carroça.
Dá desgraça a brevíssimo trecho, mas ao princípio até parece que a coisa rola no caminho certo.
Gravíssimo é quando o governo local, embora composta a sua direcção política por eleitos com o emblema do PCP na lapela, não serve nem executa a política tradicional do Partido Comunista.
Tradicionalmente, essa luta não tem espinhas, e historicamente sempre foi em Portugal em geral pelas liberdades e contra a ditadura, pelo respeito pela Lei em Democracia, na defesa dos deserdados e dos mais sacrificados na sociedade, dos trabalhadores, dos pequenos agricultores, dos que sozinhos nunca têm voz, contra os especuladores e contra os Euromilionários das falcatruas várias sem lei nem ética.
Ora…aqui é a porca torce o dito.
Na Moita, já ninguém se entende.
É um pouco como se de repente os polícias passassem o tempo a assaltar bancos, os gatunos e criminosos tradicionais fossem todos contratados como seguranças privados como guarda-costas de pudicas donzelas, como se as carmelitas descalças começassem a ser vistas com trajes curtos na avenida às 4 da manhã e as pessoas de vida muito problemática e costumes mais que duvidosos fossem de se encontrar sistematicamente a rezar fechadas numa cela em clausura no Convento.
O mundo ficaria baralhado, ninguém entenderia ninguém.
Na Moita, é isso o que se passa, em certa medida.
A direcção política da Câmara Municipal e o seu Presidente João Manuel de Jesus Lobo trazem na lapela o emblema do PCP e batem no peito dizendo “amen” a tudo o que emana do Partido Comunista local.
Este, por seu turno, vive acorrentado ideológica e administrativamente às directivas que emanam do Gabinete do Presidente da Câmara, que capturou na rede municipal o Partido que deveria ser de vanguarda, e que localmente vai a reboque e de empurrão.
É um ciclo vicioso, uma pescadinha de rabo-na-boca.
E a reboque do quê?
Da sua política tradicional?
Daquilo que disseram sempre os seus maiores, desde Bento Gonçalves a Pires Jorge, passando por Francisco Miguel, Afonso Gregório ou Álvaro Cunhal?
Infelizmente, não é o caso.
O PCP na Moita vai a reboque da direcção política da Câmara Municipal, chefiada pelo o seu Presidente João Manuel de Jesus Lobo, para abanar a cabeça e dizer sim-sim às mais flagrantes violações da Constituição e das Leis do Estado Democrático, para ajudar ao assalto desmesurado a novas e novas fatias de Solo Rural, em REN e em RAN, que os especuladores fundiários tanto adoram.
E gostam do Solo Rural porquê?
Porque o Solo é o ouro, é o petróleo, é a riqueza diamantífera que a Moita não tem.
Mas tem solo.
E ao solo, esses Especuladores fazem assim:
Compram-no à terça-feira por tostões, ludibriando os seus proprietários tradicionais, e querem-no ver valorizar à quinta-feira por milhões, seja no altar da venda milionária ou no balcão da hipoteca bancária.
Deve dizer-se que na quarta-feira de permeio foram a correr à Câmara Municipal da Moita negociar um Protocolo, com a assessoria de Advogados e Arquitectos bem conhecidos localmente, e assim obter nos documentos dos terrenos as necessárias assinaturas e carimbadelas no sítio certo.
Cientes que a nível regional e central, não faltarão altos Funcionários do Aparelho de Estado para assinarem de cruz tais manigâncias, sem as lerem, sem as estudarem nem as compreenderem uns, não captando da missa um terço, e porventura quem sabe com a escola toda e completamente por dentro das maroscas, outros.
Ora aqui é que assunto bate o ponto.
Os comunistas na Moita e em qualquer lugar, bem como aliás os cristãos, os democratas, os socialistas, e quaisquer outros amigos, simpatizantes ou militantes de quaisquer outros Partidos, podem dar mostras verdadeiras de uma moral superior, se agirem de modo elevado e justo, servirem as Leis e o Povo, e se actuarem em função e no respeito pelos valores superiores que proclamam e defendem.
Ou darem mostras de uma moral inferior, se se subordinarem aos ditames da má governação fora-da-lei e às práticas obscuras dos negócios duvidosos, numa promiscuidade mais que duvidosa onde ninguém sabe onde começa o interesse público e onde termina a vantagem privada, de tal maneira correm amalgamadas com muito amanhanço pessoal.
Tudo debaixo de orientações estranhas aos seus mais nobres pergaminhos, e a reboque de chefes ou “capos” que de comunistas só têm o emblema e nada mais.
Mas que à pala de o exibirem e de o invocarem a torto e a direito, mesmo assim têm sucesso ao conseguirem trazer atrás de si, debaixo de si, aqueles que da vida pública só vêem as bandeiras, e não cuidam de estudar nem compreender nem as práticas nem os fundamentos da boa, ou da má governação.
É triste, mas ao mesmo tempo que a Moita está transformada num laboratório duvidoso das piores práticas de governação local, é também aqui que se experimentam os piores métodos de subordinação de grandes e nobres causas às ordens de baixas mas milionários negociatas.
Com o apoio às cegas do PCP.
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