quinta-feira, 13 de setembro de 2007

O Dalai Lama passa a ser recebido por chefes de Estado, o que provoca protestos chineses. Isso contudo não acontece no protectorados chineses.

Tibete

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Bandeira do Tíbet antes de 1950 e de seu posterior governo no exílio. Esta versão foi introduzida pelo 13o. Dalai Lama em 1912
Bandeira do Tíbet antes de 1950 e de seu posterior governo no exílio. Esta versão foi introduzida pelo 13o. Dalai Lama em 1912

O Tibete é uma região na Ásia, que hoje é pela maior parte coberta pela Região Autônoma do Tibete da República Popular da China. A Região Autônoma tem uma área de aproximadamente 1,2 milhões de km².

História do Tibete

Localização do Tibete enquanto região da R.P.China. (quando a China invadiu o Tibete, incorporou-o como região autónoma)
Localização do Tibete enquanto região da R.P.China. (quando a China invadiu o Tibete, incorporou-o como região autónoma)

A história do Tibete começa cerca de 2.300 anos atrás quando em 127 a.C. uma dinastia militar se fixou no vale de Yarlung. Esta dinastia reinou sobre o país durante cerca de oito séculos. Após centenas de anos voltados para campanhas militares que investiam sobre as terras vizinhas, em 617 o Imperador Songtsen Gampo - o 33º rei do Tibete – começou a transformar a civilização feudo-militar em um império mais pacífico. Seu reinado durou até 701, e seu legado foi imenso. Criou o alfabeto tibetano; estabeleceu e escreveu o sistema legal tibetano baseado no princípio moral, que naquela época já mencionava a importância da proteção do ambiente e natureza; patroneou o budismo e construiu vários templos, dentre eles o Jokhang e o Ramoche.

Seus sucessores continuaram a transformação cultural, custeando traduções e criando instituições. O próximo rei do Tibet foi Tride Tsukden (704754), pai do futuro rei Trisong Detsen.

A partir do século VII, torna-se o centro do Lamaísmo, religião baseada no budismo, que transforma o país num poderoso reinado. Motivo de cobiça dos chineses desde o século XVII, quando é declarado território soberano da China, o Tibete luta durante séculos pela independência, obtida em 1912.


O Tibete é hoje considerado pela China como uma região autônoma chinesa (Xizang). Conhecido como o "teto do mundo" por seus picos nevados, as montanhas do Tibete têm, em média, 4875 m, com destaque para a Cordilheira do Himalaia.

Em 1950, o regime comunista da China ordena a invasão da região, que é anexada como província. A oposição tibetana é derrotada numa revolta armada, em 1959. Em conseqüência, o 14° Dalai Lama Tenzin Gyatso, líder espiritual e político tibetano, retira-se para o norte da Índia, onde instala um governo em exílio.

Escultura do "Leão das Neves" guarda a entrada do "Potala Palace" no Tibete.
Escultura do "Leão das Neves" guarda a entrada do "Potala Palace" no Tibete.

O país torna-se região autônoma da China em setembro de 1965 contra a vontade popular. Entre 1987 e 1989, tropas comunistas reprimem, com violência, qualquer manifestação contrária à sua presença. Há denúncias de violação dos direitos humanos pelos chineses, resultantes de uma política de genocídio cultural. Em agosto de 1993, iniciam-se conversações entre representantes do Dalai Lama, prêmio Nobel da Paz em 1989, e os chineses, mas mostram-se infrutíferas.

Em maio de 1995 é anunciado, pelo Dalai Lama, o novo Panchen Lama, o segundo na hierarquia religiosa do país: Choekyi Nyima, de 6 anos. O governo de Pequim reage e afirma ter reconhecido Gyaincain Norbu, também de 6 anos, filho de um membro do Partido Comunista, como a verdadeira encarnação da alma do Panchen Lama.

Ugyen Tranley, o Karmapa Lama, terceiro mais importante líder budista tibetano, reconhecido tanto pelo governo da China como pelos tibetanos seguidores do Dalai Lama, foge do país em dezembro de 1999 e pede asilo à Índia. A China tenta negociar seu retorno, mas Tranley, de 14 anos, critica a ocupação chinesa no Tibete.

A causa da independência do Tibete ganha força perante a opinião pública ocidental após o massacre de manifestantes pelo Exército chinês na praça da Paz Celestial e a concessão do Prêmio Nobel da Paz a Tenzin Gyatso, ambos em 1989. O Dalai Lama passa a ser recebido por chefes de Estado, o que provoca protestos chineses. No início de 1999, o governo chinês lança uma campanha de difusão do ateísmo no Tibet. A fuga do Karmapa Lama causa embaraço à China.

A ONG Students for a free Tibet luta há alguns anos para tentar livrar vários tibetanos que foram presos injustamente pelo governo chinês. Veja o site http://www.studentsforafreetibet.org/

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