quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Luis Carloto Marques (Deputado à Assembleia da República, Dirigente do Partido da Terra MPT, e membro do GP do PSD): "Ribeira da Moita é algo grave!"



Legenda das 3 Fotos: à esquerda, a Vala de esgoto real; ao centro, a Vala rica (Palmela); à direita, a Vala pobre (Moita)
Decifragem muito conveniente: É uma vala de esgoto industrial e urbano, pura e dura. A Vala rica é o resultado de um crime de (des)ordenamento do território do mais irresponsável que se pode imaginar. A Vala pobre é aquela que tudo sofre, desde os prejuízos físicos, ao garroteamento legal.

Deputado do MPT “indignado” com ribeira da Moita
In Setúbal na Rede

O deputado Luís Carloto Marques está “indignado” com o actual estado de conservação da ribeira da Moita, que, “desde que foi impermeabilizada com betão”, a água passou a correr com mais velocidade, causando “cheias e a destruição das margens”, o que o levou a questionar o ministério do Ambiente, do Ordenamento, do Território e do Desenvolvimento Regional. António Silva Ângelo, do movimento cívico da Várzea da Moita, confirma que esta “é uma situação grave” e que causa “sérios prejuízos económicos”.

António Silva Ângelo apelida a ribeira de “artificial e ilegal”, uma vez que “tem cerca de trinta dias por ano de águas pluviais e os restantes de águas de génese humana”, provenientes do parque industrial de Palmela e das habitações do sul da Moita, além de ser um “vazadouro industrial e um esgoto a céu aberto”. Luís Carloto Marques, que considera que a ribeira é artificial “apenas em parte do seu curso”, onde foi impermeabilizada, sublinha que, “pelo que viu, a água não tem muita qualidade”.

O deputado do MPT eleito nas listas do PPD/PSD espera que o Governo, “autor dessa obra insensata” e, por isso, “responsável” pela situação, inicie “a correcção com um projecto hidráulico”, onde o objectivo é “salvaguardar os bens a montante da ribeira”. António Silva Ângelo considera que “devem ser construídas bacias de retenção” e deve-se proceder “ao tratamento das águas que são pestilentas”.

O membro do movimento cívico da Várzea da Moita indica ainda que a ribeira é “duplamente má”, porque além de causar prejuízos, “serve de álibi para a classificação das terras por onde passa como reserva ecológica, protegendo uma ribeira de esgotos”. Luís Carloto Marques considera que esta situação “não tem relacionamento” com o conturbado processo do PDM (Plano Director Municipal) da Moita, uma vez que “os responsáveis da transferência da REN (Reserva Ecológica Nacional) para a Várzea da Moita nada têm a ver com os ribeira”.
Pedro Soares - 20-10-2008 17:39






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Neste espaço surgirão artigos e notícias de fundo, pautadas por um propósito: o respeito pela Lei, a luta contra a escuridão. O âmbito e as preocupações serão globais. A intervenção pretende ser local. Por isso, muito se dirá sobre outras partes, outros problemas e preocupações. Contudo, parte mais significativa dos temas terá muito a ver com a Moita, e a vida pública nesta terra. A razão é uma: a origem deste Blog prende-se com a resistência das gentes da Várzea da Moita contra os desmandos do Projecto de Revisão do PDM e contra as tropelias do Processo da sua Revisão, de 1996 até ao presente (2008...) Para nos contactar, escreva para varzeamoita@gmail.com