Sábado, Fevereiro 09, 2008
NO ESTUÁRIO DO TEJO, aqui tão perto...
Com a devida vénia,retirado de Blogue A-Sul, Blogue Ambientalista da Margem Sul
Ver aqui e aqui.
A actividade de desmantelamento de navios operada em pleno Estuário do Tejo, em Alhos Vedros (nas imagens) é das actividades mais perniciosas para o meio ambiente se realizada como ontem aqui noticiámos.
Não é por acaso que esta actividade floresce onde há um deficiente controlo ambiental a par de um baixo nível de vida , reduzida cultura ambiental e baixos salários .
É impensável que tal ocorra junto a uma capital supostamente desenvolvida e pertencente à União Europeia.
O desmantelamento de navios lida com uma lista interminável de materiais toxicos a começar por tintas ricas em chumbo , materiais esses aos quais os trabalhadores estão expostos na maioria dos casos sem nenhuma protecção adequada à perigosidade desses materiais. Comuns são também os amiantos (cancerigenos grau 1) , os PCB's e os TBT's ou o mercúrio.
Há durante os trabalhos de desmantelamento a libertação para o meio aquático envolvente desses produtos poluentes , o que provoca a contaminação da vida marinha e de forma irremediável, todo o ecossistema.
Continuar a permitir uma tal actividade em pleno Estuário do Tejo nas condições terceiro mundistas em que ocorre é , pelos danos causados aos trabahadores directamente envolvidos ou ao meio ambiente uma actividade que não deveria ter o fechar de olhos de autarcas e de governantes, não se compreendende assim o manto de silêncio e de permissão que rodeia esta actividade.
Sexta-feira, Fevereiro 08, 2008
E O CAIS NOVO DA MOITA?
Entranha-se a história da Radioactividade na Siderurgia Nacional , mas estranha-se que os mesmos deputados que nos trazem esse alerta ignorem a actividade de desmantelamento de navios na Moita (Alhos Vedros) , que é feita em termos tecnológicos, de protecção ambiental e de higiene e segurança no trabalho, quase ao nível do Bangladesh.A actual geração de navios que agora termina o seu ciclo de vida utiliza materiais cuja sua composição química traz problemas graves para o ambiente , para quem manuseia esses materiais e gera uma quantidade de resíduos perigosos cuja forma de armazenamento e neutralização desconhecemos.
Relembra-se que toda esta actividade decorre em "mar aberto" em pleno Estuário do Tejo, num estaleiro caótico , com deficientes condições de armazemnamento das sucatas e bem perto para fazer sentir os seus nefastos efeitos, da Reserva Natural deste estuário.
A autarquia considera que aquela actividade é "necessária", tendo posto sómente à APL questões sobre a sua localização e pretendido a sua deslocalização para o Seixal onde o sucateiro teria a continuidade da sua actividade garantida , a que parece ser uma das principais preocupações da autarquia ...
Entretanto diáriamente aquela actividade altamente poluente continua , sem que tenhamos enquanto cidadãos, quer por parte da autarquia, quer da CCDR quer da APL , garantias de monitorização no que se refere à libertação desses mesmos poluentes e controlo das sucatas geradas quer ao nível da radioactividade quer dos isolantes, das tintas e também do amianto , usado em massa na construção desta geração de navios em idade de desmantelamento.
E a saúde dos trabalhadores ?
Com a devida vénia,
retirado de Blogue A-Sul, Blogue Ambientalista da Margem Sul
Ver aqui e aqui.
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