sábado, 9 de fevereiro de 2008

A Cooperativa "Pelo Sonho é que vamos", com sede no Seixal, distrito de Setúbal, pede a ajuda possível para vencer barreiras levantadas à sua acção



Recebemos com pedido de divulgação um apelo sofrido de quem quer fazer o bem, mas não lho deixam.


Sinopse[1] sobre a

Cooperativa Pelo Sonho É Que Vamos

à data de inícios[2] de Fevereiro de 2008

A Cooperativa Pelo Sonho É Que Vamos faz no seu dia a dia, com limitados meios, na sua zona de intervenção[3], o que tantas vezes tanto falta em Portugal:

  • acolhe e cuida dos mais fracos, dos que menos têm e em maior risco se encontram na nossa sociedade.

Neste momento, é a própria Cooperativa que está em seriíssimas dificuldades.

Vive momentos difíceis.

Por isso apela com muita força a quem por si possa ter o poder de ajudar, e/ou a quem pela sua influência pessoal, social, política ou outra possa ajudar a provocar ou encontrar as ajudas que urgentemente precisa.

A todos a Cooperativa agradece, reconhecida.

A si, que nos leu até aqui, um pedido:

Por favor, aceite continuar a ler este texto até ao fim e saiba mais aqui sobre esta história de muitas dificuldades, e de um sucesso sempre tentado, e muitas vezes alcançado.

Por vezes permitido e apoiado.

Por vezes torpedeado e impedido.

E sempre com gosto, e muito sofrido.

Actividades desenvolvidas:

A Cooperativa Pelo Sonho É Que Vamos conta com cerca de 12 anos de actividade, e intervém nas valências seguintes, com as designações abaixo:

  1. Centro de Acolhimento Temporário de Menores em Risco Janela Aberta. Acolhe crianças dos 0-12 anos. Acolhimento 24/24 Horas, em internato. Acolhia até finais de Novembro’07 um total permanente de 13 crianças[4].
  2. Lar de Jovens em Risco Vida Nova. Acolhe jovens dos 12-18 anos. Acolhimento 24/24 Horas, em internato. Acolhia até finais de Novembro’07 um total permanente de 12 jovens[5]. Nesta valência Lar de Jovens em Risco Vida Nova e na valência Centro de Acolhimento Temporário de Menores em Risco Janela Aberta já foram acolhidas mais de 200 crianças e jovens, sendo de verdadeiro sucesso e de integração conseguida na vida activa, enquanto adultos com uma vida perfeitamente estruturada, o percurso e a história de muitos ou quase todos eles.
  3. Casa Abrigo Nova Esperança. Acolhe mulheres e seus filhos pequenos, vítimas refugiadas de violência doméstica. Acolhimento 24/24 Horas, em internato. Acolhe em permanência uma média de 20 pessoas, contando mães e filhos pequenos. Nesta valência Casa Abrigo Nova Esperança, em 2007, foram acolhidas com carácter permanente 66 pessoas, entre Mães e suas crianças.
  4. Creche Sonho Azul. Creche algo semelhante a outras creches, mas destinada a famílias com menor capacidade financeira, muitas delas imigrantes, mas não só. Regime de acolhimento diurno de 25 crianças, com pagamentos mensais por criança de 20 Euros, logo com um encaixe mensal pago pelas famílias das 25 crianças de um valor total global somado de 500 Euros/mês.
  5. Creche Familiar Colo Amigo. Organização e apoio em suas casas a 12 amas, cada uma com 4 crianças a cargo. Total de crianças nesta valência de 48.

Efectivos humanos:

A Cooperativa Pelo Sonho É Que Vamos exerce a sua actividade empregando 45 trabalhadoras[6], já incluindo 12 amas em casa e fora o envolvimento dos dirigentes da Cooperativa.

O efectivo de trabalhadores a tempo inteiro era assim constituído[7]:

Profissões

Profissionais

Educadores de Infância

3

Psicólogos

3

Técnicos de serviço social

3

Animador sócio-cultural

1

Técnico de reinserção social (estagiário)

1

Auxiliares de acção directa

22

Amas em casa

12

Total de trabalhadores

45

Homens

2

Mulheres

43

Na Cooperativa Pelo Sonho É Que Vamos os contratos de trabalho eram[8] todos efectivos, sem prazo.

Na Cooperativa Pelo Sonho É Que Vamos, a preocupação com a formação profissional tem sido constante.

As Amas têm formação anual, verificada e com Diplomas da Segurança Social.

As Auxiliares de acção directa obtiveram todas validação de competências do Instituto de Emprego e Formação Profissional em 2005.

Os diversos Técnicos (Educadores, Psicólogos e de Serviço Social) têm todos formação superior.

O Técnico de Reinserção social é finalista do seu curso, encontrando-se em estágio na Cooperativa.

Instalações:

A Cooperativa utiliza 4 instalações arrendadas.

Duas situam-se no lugar das Farinheiras, em Paio Pires, 2840 Seixal.

Uma outra fica na Arrentela, na parte antiga da localidade, igualmente 2840 Seixal.

E a última fica noutro local, destinada à valência de apoio às vítimas de violência doméstica.

Conta ainda com as 12 amas em casa.

População alvo:

Em termos de pessoas assistidas, veja-se:

Valências

Total de pessoas assistidas

Centro de Acolhimento Temporário de Menores em Risco Janela Aberta

13

Lar de Jovens em Risco Vida Nova

12

Casa Abrigo Nova Esperança

20

Creche Sonho Azul

25

Creche Familiar Colo Amigo

48

Média total permanente

118

Grande parte da população alva, sobretudo entre crianças e jovens, é formada por imigrantes ou filhos de imigrantes recentes, a maioria crianças e jovens de origem africana.

No respeitante às Mulheres e seus filhos refugiados por serem vítimas de violência doméstica, em geral há um equilíbrio entre Senhoras portuguesas e africanas.

Receitas e apoios financeiros e outros:

As receitas financeiras da Cooperativa provêm das contribuições das famílias das crianças acolhidas nas valências Creche Sonho Azul[9] e Creche Familiar Colo Amigo[10].

As restantes 3 valências não têm qualquer encaixe de dinheiro por parte dos utentes ou de suas famílias, por razões óbvias[11].

As receitas financeiras provêm ainda e sobretudo dos Acordos de Financiamento por parte da Segurança Social.

Estes significaram em 2007 cerca de 540.000 Euros/total anual.

A perda dos apoios da Segurança Social para as 2 valências[12] traduziu-se numa redução das entradas de cerca de menos 20.000 Euros/mês.

Existem ainda apoios financeiros e outros da parte da Câmara Municipal do Seixal e de Juntas de Freguesia do concelho, com ajuda para o pagamento de algumas partes de certas rendas de instalações.

Situação financeira tradicional:

Tradicionalmente, a Cooperativa vive com enormes sufocos e sobressaltos financeiros, mas sem dívidas.

Aflições presentes:

No momento presente, e no seguimento da interrupção do financiamento por parte da Segurança Social às 2 valências Centro de Acolhimento Temporário de Menores em Risco Janela Aberta e Lar de Jovens em Risco Vida Nova, em Dezembro ’07, a situação é dramática, a saber:

  1. Os financiamentos por parte da Segurança Social estão de novo prometidos, mas só recomeçarão quando forem realizadas obras que a Segurança Social determinou ‘item’ por ‘item’ e que definiu como condição ‘sine qua non’ para a sua retoma;
  2. Essas obras estão orçamentadas em 25.000 (vinte e cinco mil Euros), já com IVA incluído, e demorarão cerca de 4 semanas entre o seu início, e o momento de ficarem prontas;
  3. A Cooperativa Pelo Sonho É Que Vamos não tem nem esse nem nenhum outro dinheiro disponível, nem pouco nem muito, salvo o estrito necessário para o curso normal das 3 valências restantes, em funcionamento.

A Cooperativa vive dias difíceis.

Procuram-se soluções, apoios políticos e decisões e apoios financeiros muito urgentes:

Logo, o dramatismo deste momento pode sintetizar-se:

  1. Sem dinheiro, não há obras.
  2. Sem obras, não há retoma do financiamento da Segurança Social.
  3. E sem a reposição desse apoio financeiro regular e fundamental, as crianças[13] e jovens[14] em risco não têm acolhimento possível na Cooperativa e nas 2 referidas valências.
  4. Como também não têm emprego as 21 trabalhadoras dessas 2 valências, que em Janeiro ’08 se viram obrigadas a rescindir os seus contratos com a Cooperativa.

Sede e contactos:

A Cooperativa Pelo Sonho É Que Vamos tem sede na

Av. General Humberto Delgado, n.º 115

Farinheiras, Paio Pires, 2840 Seixal.

Tel: 212272364. Fax: 212272364.

Email: pelosonho@yahoo.com

Pessoas a contactar:

  • Presidente da Cooperativa: Drª Nídia Abreu (Móvel 966 895 863)
  • Trabalhadoras da Cooperativa: por favor contactar as Trabalhadoras directamente, com o apoio da Senhora Presidente (que fornecerá os contactos das Trabalhadoras)

[1] Nota prévia: Este é um texto em construção, susceptível de ligeiras imprecisões involuntárias, que serão prontamente corrigidas logo que detectadas. Por isso se pede por um lado a ajuda de quem o lê e pode ajudar à sua melhoria, e por outro desculpas a todos pelas suas limitações e insuficiências.

[2] Versão deste documento: 9 Fev ‘08

[3] No Seixal, mais precisamente em algumas Freguesias do concelho do Seixal, distrito de Setúbal.

[4] Momento em que esta valência Centro de Acolhimento Temporário de Menores em Risco Janela Aberta foi descontinuada, primeiro por intervenção da ASAE (assunto solucionado prontamente), depois pela interrupção do financiamento por parte da Segurança Social. A Segurança Social decidiu após o episódio ASAE exigir um conjunto de obras como condição ‘sine qua non’ para a retoma dos apoios financeiros, a saber 1) Construção de WC para deficiente motor; 2) Pintura dos interiores com tintas de cores claras e suaves 3) Transformação do actual pequeno Gabinete da Direcção num novo Quarto de Bebés 4) Transformação de uma Cozinha secundária em Sala de Estudo; 5) Construção de uma Rampa para deficiente motor com eliminação de 2 degraus; 6) Substituição de esquentadores a gás por eléctricos; 7) Alargamento da porta de um dos Quartos para acesso de deficiente motor; 8) Retirada de um pavimento de madeira, e substituição por cerâmica; 9) Eliminação de uma Sala berçário e sua substituição por 2 novas divisões, uma Sala de Estar para Trabalhadoras e uma WC para Trabalhadoras nesta valência Centro de Acolhimento Temporário de Menores em Risco Janela Aberta

[5] Momento em que esta valência Lar de Jovens em Risco Vida Nova foi também descontinuada, primeiro por intervenção da ASAE (assunto solucionado prontamente), depois pela interrupção do financiamento por parte da Segurança Social. A ASAE exigiu o seguinte, e a solução foi rapidamente encontrada: 1) Uma Máquina de lavar roupa deveria ser retirada do interior da Cozinha; 2) Uma rede mosquiteira deveria ser colocada numa janela; 3) Uma Lâmpada fluorescente deveria ser rectificada; 4) Um túnel de congelação deveria passar a substituir a congelação tradicional de frescos em arca congeladora. Entretanto, A Segurança Social decidiu após o episódio ASAE exigir um conjunto de obras como condição ‘sine qua non’ para a retoma dos apoios financeiros, a saber 1) Reformulação geral da Cozinha; 2) Construção de uma Lavandaria nesta valência Lar de Jovens em Risco Vida Nova

[6] Dessas, 21 trabalhadoras viram em Janeiro ’08 os seus postos de trabalho ruir, no seguimento da interrupção por parte da Segurança Social dos financiamentos das 2 valências Centro de Acolhimento Temporário de Menores em Risco Janela Aberta e Lar de Jovens em Risco Vida Nova. Por acordo com a Cooperativa, apresentaram no Centro de Emprego as denúncias dos seus Contratos de Trabalho, para poderem receber algum dinheiro mês a mês, que a Cooperativa não lhes podia continuar a garantir.

[7] “era assim constituído…” até à perda dos respectivos postos de trabalho por parte das cerca de 21 trabalhadoras, à data de Janeiro ‘08

[8] … e os que persistem, continuam naturalmente a sê-lo.

[9] As 25 crianças, com prestações por parte das famílias de 20 Euros/criança/mês, geram um encaixe mensal de 500 Euros.

[10] As 48 crianças geram um encaixe total mensal de 1.800 Euros, na base de uma média de 37,50 Euros/criança/mês. A Cooperativa, por seu turno, remunera cada Ama com 725,48 Euros/mês, mais 65,78 Euros/mês/por criança, para a alimentação que a Ama coordenadamente compra e confecciona.

[11] Recorda-se que são as valências com acolhimento 24/24 horas de Crianças em risco (13 pessoas), Jovens em risco (12 pessoas) e Mães e Filhos vítimas de violência (20 pessoas)

[12] Centro de Acolhimento Temporário de Menores em Risco Janela Aberta e Lar de Jovens em Risco Vida Nova

[13] Cerca de 13 crianças, valência Centro de Acolhimento Temporário de Menores em Risco Janela Aberta (interrompida desde finais Nov ‘07)

[14] Cerca de 12 jovens, valência Lar de Jovens em Risco Vida Nova (interrompida desde finais Nov ‘07)

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Neste espaço surgirão artigos e notícias de fundo, pautadas por um propósito: o respeito pela Lei, a luta contra a escuridão. O âmbito e as preocupações serão globais. A intervenção pretende ser local. Por isso, muito se dirá sobre outras partes, outros problemas e preocupações. Contudo, parte mais significativa dos temas terá muito a ver com a Moita, e a vida pública nesta terra. A razão é uma: a origem deste Blog prende-se com a resistência das gentes da Várzea da Moita contra os desmandos do Projecto de Revisão do PDM e contra as tropelias do Processo da sua Revisão, de 1996 até ao presente (2008...) Para nos contactar, escreva para varzeamoita@gmail.com