segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Entramos em 2008 sem que ainda se tenham materializado os planos dos grandes especuladores que compraram centenas de hectares de REN e RAN a tostão..


2008: Ano de esperança com ameaças como pano de fundo.

Exmªs Senhoras e Senhores

Caros Amigos,

Vizinhas e Vizinhos

Bom Dia!

Obrigado a todos quantos amistosa e solidariamente nos têm apoiado com as suas palavras e as suas acções, com a sua solidariedade activa, na nossa luta pela lei e contra a escuridão no concelho da Moita.

O ano de 2007 está a terminar, vem aí o Ano Novo de 2008.

2007 foi um ano que iniciámos sob a ameaça de desfecho iminente e catastrófico da pior e da mais obscura e ilegal revisão de um PDM que alguém algum dia pôde imaginar em Portugal, em democracia.

Esse desfecho, anunciado desde Julho de 2005 e urdido em segredo desde os idos de 1996/1998, era dado como certo e como coisa de aprovação rápida nesse ano de 2005, com alardes de confiança e bazófia deveras autoritária, exibida na altura pelos seus mentores, tanto pelos que dele à pressa queriam beneficiar, quer pelos seus "pivots" e "homens de mão" na Administração.

Passou 2005.

E 2006.

E agora finda 2007.

Entramos em 2008 sem que ainda se tenham materializado os planos dos grandes especuladores que compraram centenas e centenas de hectares de REN e RAN a tostão no Concelho da Moita, de 1996 para cá, durante os anos da Revisão silenciosa do PDM.

Fizeram-no confiantes de poderem vir a valorizar em sede de novo PDM, com passagem por artes mágicas a valores de milhão das terras e das matas que ardilosamente compraram enganando os antigos proprietários, e que se apressaram (e conseguiram) logo de seguida carimbar e fazer assinar como novas "zonas de urbanização programada".

Tudo sempre escudados em apoios indecorosos e perfeitamente identificáveis na Administração local, que actuou como serva dos interesses de meia dúzia de pessoas espertas, ao arrepio da decência e da lei em democracia, contra os interesses e os direitos subjectivos de centenas e milhares de outros Munícipes.

Essa tramóia, contra os interesses do nosso concelho e contra os direito legítimos de muitos outros Munícipes da Moita, verificou-se no quadro de um dos piores, se não o pior dos exemplos de mau governo local em Portugal nos dias que correm.

Acontece que essa trampolinice ainda não foi este ano de 2007 que se concretizou.

Contudo, a ameaça mantém-se.

E, não nos iludamos, traz com ela uma chancela terrivelmente perigosa.

Com efeito, há fundado receio que o Projecto de novo PDM para a Moita colha apoios por acção ou omissão a diversos níveis da Administração do Estado regional e central.

Apoios que poderão ser de molde a fazer imperar contra o concelho e contra os Munícipes da Moita o pior dos cenários, a pior escuridão e o pior dos desrespeitos pela lei.

Mantém-se assim de pé o risco muito sério de 2008 nos trazer no sapatinho o contrário do que é próprio de um estado de direito e do respeito mais elementar pelos interesses legítimos da População do concelho.

Daí a importância da resistência dos Cidadãos.

Esta é por isso também uma luta que só poderá continuar, pois todas as ameaças se mantêm.


É assim certo que a Moita estará de novo em 2008 na berlinda, pois o mal e a peçonha contra esta terra e contra as gentes daqui, e contra a lei e a decência, ainda não terminaram.

Exmªs Senhoras e Senhores

Caros Amigos,

Vizinhas e Vizinhos

Em 2007, nem tudo foram más notícias.

Foram muito importantes os contributos que a Moita recebeu e que indirectamente a Moita ajudou a dar para a reflexão sobre Política dos Solos em Portugal.

Tarde e a más horas, e sem fim ainda à vista, mesmo assim 2007 foi o ano do início de investigações importantes no concelho, quer por parte da PJ em Junho, quer por parte da IGAT já perto do final de Novembro último.

Graças ao trabalho isento, corajoso e esforçado de muitos Jornalistas de múltiplos órgãos de comunicação social, sem esquecer o papel insubstituível de um número sempre crescente de Blogues de intervenção cidadã, muita gente em Portugal tomou conhecimento em 2007 da nossa realidade e dos nossos problemas.

As solidariedades ao longo do ano não cessaram entretanto de crescer.

E os Amigos não esquecem.

Um ano bom, com muita saúde e felicidades são os votos

do

Movimento Cívico Várzea da Moita

e do Blogue

Um por todos, todos por um

Dez '07/ Jan '08

varzeamoita@gmail.com

O Rio foi sempre e seguramente sempre será um espaço de referência de informação e de pluralismo e de verdade


O Jornal O Rio publica nestes últimos dias de 2007 a sua última (?) edição em papel.

Veja-se http://www.orio.pt/uploads/d9810af6-a98d-a584.pdf

É imperioso relembrar que O Rio (que vai continuar connosco a cada dia na sua edição on-line em www.orio.pt conforme se pode ler do Editorial do seu Director na pág 2 aqui) é olhado por muitos dos nossos concidadãos como uma voz de liberdade, de isenção e de serviço público exemplar.

No que diz respeito à luta pela lei e contra a escuridão no concelho da Moita, luta que só poderá continuar, pois todas as ameaças se mantêm, O Rio foi sempre e seguramente sempre será um espaço de referência de informação e de pluralismo e de verdade.

Por isso, os Cidadãos não esquecem.

Por isso também Um por todos e todos por um e o Movimento Cívico Várzea da Moita desejam ao Senhor Director e a todos os Colaboradores de O Rio tudo o que há de melhor, com boa saúde e muitos sucessos pessoais e profissionais, para si, para as suas Famílias e naturalmente também para O Rio.

E isto apesar de todos os “mas…” bem característicos deste nosso tempo que passa.

É de facto difícil viver numa terra e num país que se ame tanto e que ao mesmo tempo se verifique estar tão de rastos e tão mal entregue e desgovernado, vítima de tantas poucas-vergonhas e de tão grandes desmandos.

Sob lideranças extraordinárias sempre seguidas de outras ainda mais extraordinárias, numa sucessão ininterrupta de grandes lideranças e de vitórias notáveis, a caminho de desastres atrás de desastres cada vez e sempre maiores.

Mas é esse aparentemente o nosso fado.

Será?

Será que será?

Resta-nos dizer como o Poeta...

Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.

Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.

In «Trova do Vento que Passa» de Manuel Alegre, aqui citado como voz de cultura e de resistência cidadã contra o que não presta e contra o estado a que isto chegou, e não como dirigente político do partido A ou B.

E cabe-nos depois tentar cada um e todos nós agir em consequência.

Como pequenos riachos a caminho de um rio maior.

Com estima e consideração,

Um grande obrigado!

Sempre.

O Jornal O Rio interrompe a sua publicação porque "um “coveiro”, mandante do poder político local" ... tratou da sua asfixia económica. Mas...




Política :

Comentário:

“Quem não quer ser lobo não lhe veste a pele” em 2007/12/3 0:20:00 (292 leituras)

In

http://www.orio.pt/modules/news/article.php?storyid=1467

É altura de falar (mas pouco!). O RIO está em vias de ser suspenso. Esta poderá ser uma das últimas edições impressas do jornal.

Num contexto que faz lembrar “o tempo da outra senhora”, não podendo ser mais explícito, leia-se nas entrelinhas, pois para bom entendedor meia palavra basta.

A verdade é que a suspensão de O RIO tem a ver com a presunção de um inqualificável caso de interferência do poder na vida do jornal.

O presumível “coveiro” de O RIO será alguém, mandante do poder político que, com total despudor, terá alegadamente ameaçado, directa e indirectamente, com veladas represálias, apoiantes do jornal para que estes deixassem de apoiar a sua publicação. Sem ter em conta os meios, conseguiu-o. Um dos que se propunham dar continuidade ao projecto jornalístico de O RIO, deixou de fazê-lo, dificultando a sua continuidade.

Concretamente, é com esta “almofada na boca”, que O RIO é sufocado, num acto de inacreditável baixeza moral e política e na ausência de quaisquer motivos sérios.

Estou em crer que nem o líder madeirense, que a toda a hora e por muita gente é acusado como useiro e vezeiro nestas atitudes, ousaria cometer tamanha sujeira.

José de Brito Apolónia
jornal@orio.pt

Acerca de mim

Neste espaço surgirão artigos e notícias de fundo, pautadas por um propósito: o respeito pela Lei, a luta contra a escuridão. O âmbito e as preocupações serão globais. A intervenção pretende ser local. Por isso, muito se dirá sobre outras partes, outros problemas e preocupações. Contudo, parte mais significativa dos temas terá muito a ver com a Moita, e a vida pública nesta terra. A razão é uma: a origem deste Blog prende-se com a resistência das gentes da Várzea da Moita contra os desmandos do Projecto de Revisão do PDM e contra as tropelias do Processo da sua Revisão, de 1996 até ao presente (2008...) Para nos contactar, escreva para varzeamoita@gmail.com