sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Quanto valem as pessoas, aos olhos dos "autistas" políticos e dos "cegos" instalados na Administração Pública? ... Zero, zero, zero, três vezes zero!

Sociedade : Carta dos Leitores:
Habitantes da Brejoeira sentem-se prejudicados com a obstrução do único acesso directo às suas casas

em 2008/8/29 0:20:00
in Jornal O RIO

Sr. Director,

Venho por este meio informá-lo em nome da população da Brejoeira, sobre um problema que as Estradas de Portugal com o consentimento das autarquias da Moita e de Palmela nos causaram recentemente.

A população da Brejoeira, que se situa no Concelho da Moita e Distrito de Setúbal, tinha um único acesso directo para as suas casas que era uma estrada centenária. Esta estrada centenária foi obstruída recentemente por um separador central, em que este foi colocado na Estrada Nacional 379-2 para servir uma nova urbanização de nome Quinta da Bela Vista, no concelho de Palmela. Com esta obstrução, a população ficou gravemente lesada visto que agora quem pretender sair da Brejoeira e aceder à Estrada Nacional 379-2 no sentido Moita-Palmela, tem de percorrer 3 km até à vila da Moita para realizar a manobra em segurança e seguir para o seu destino.

Por outro lado, se os habitantes da Brejoeira vierem na Estrada Nacional 379-2 no sentido Moita-Palmela e pretenderem ir para suas casas, para efectuarem esta manobra em segurança têm de percorrer cerca de 10 km até à vila de Palmela, para assim fazerem a inversão de marcha e poderem ir para suas casas.

Torna-se óbvio e revoltante que a população não pode respeitar o código de estrada, que obriga neste caso a percorrer tantos quilómetros para efectuar as manobras em segurança, e, por isso, estão a ser efectuadas manobras de alto risco, como poderão ver na imagens, o que pode originar a curto prazo acidentes com gravidade. Por isso, torna-se imperativo dar a conhecer este caso a Vossas Excelências, no sentido de o divulgarem ao País.

Na tentativa de resolver este caso pacificamente, a população tentou dialogar infrutiferamente com as Câmara municipais da Moita e de Palmela, que apesar de terem sido coniventes com todo este processo, remeteram as responsabilidades para as Estradas de Portugal e não deram qualquer apoio à população lesada da Brejoeira. Seguidamente, a população tentou dialogar com as Estradas de Portugal que também não deu qualquer resposta no sentido de resolver o enorme erro que cometeram.

Aproveito também para fazer notar que a nova urbanização "Quinta da Bela Vista" se situa no Pinhal das formas, pinhal este que se estendia desde a Moita até ao parque natural da Arrábida e onde, há alguns anos atrás, as autarquias da Moita e de Palmela destruíram muitas casas a dezenas de famílias com a justificação que não podiam ali construir porque tratava-se de um parque florestal com grande importância ambiental. Poucos anos passados, a grande zona florestal está quase destruída e tem agora plantados vários focos de urbanizações. Talvez com mais este caso, se consiga compreender melhor este tipo de situações quando lemos as declarações do Dr. Marinho Pinto, bastonário da ordem dos advogados, sobre corrupção.

Para concluir, a população não tem nada contra estas urbanizações. A população está revoltada é contra a obstrução do acesso a suas casas para a construção de uma nova urbanização, sem que seja criada qualquer alternativa.

Em anexo, seguem mais fotos do local para os Senhores jornalistas poderem avaliar a situação com mais detalhe.

Desde já, a população da Brejoeira vos agradece pela atenção dispensada e ficaremos a aguardar com expectativa um contacto vosso no sentido de divulgarmos o nosso problema.

Joaquim Pina

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